@PHDTHESIS{ 2018:1210054369, title = {Desenvolvimento rural na Amazônia brasileira: determinantes, níveis e distribuição regional na década de 2000}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3582", abstract = "A partir dos anos de 1960 até a década de 2000, o desenvolvimento da Amazônia brasileira foi marcado por dois momentos principais. O primeiro esteve vinculado a políticas desenvolvimentistas, em que foi pautado pela valorização de grandes projetos de capital privado com a concessão de crédito por parte do governo, pelo estímulo ao adensamento populacional através de assentamentos rurais e pela criação de várias rodovias federais visando integrar social e economicamente a Amazônia ao restante do país. Esse modelo perdurou entre as décadas de 60 e 80 no período militar. O segundo momento surge na década de 90 com a promoção, tanto em âmbito nacional como internacional, das discussões ambientais em torno das explorações econômicas. Aqui se passou a adotar políticas de desenvolvimento conservacionistas, onde a sustentabilidade ambiental passa a ser o principal foco na agenda pública. Portanto, rompe-se o modelo anterior e assume-se um novo rumo de desenvolvimento. É diante dessas alegações que se buscou entender como o processo de desenvolvimento rural se comportou ao longo dessas mudanças conjunturais e estruturais na região da Amazônia brasileira. Resolveu-se analisar os determinantes, níveis e distribuição regional do desenvolvimento rural nos municípios da região em estudo na década de 2000, que é em decorrência do acumulado histórico das políticas públicas de desenvolvimento adotadas na Amazônia. A pesquisa tem um caráter principal quantitativo, em que se mede o desenvolvimento rural através de um índice analítico composto das dimensões sociodemográfica, ambiental e econômica. Utiliza-se como recurso metodológico a Análise Fatorial por Componentes Principais para a formação de fatores determinantes do desenvolvimento rural e posterior criação do Índice de Desenvolvimento Rural (IDR), verificando os níveis de desenvolvimento dos estados e municípios. Com a produção do IDR, ainda é visualizado a presença de padrões espaciais de desenvolvimento rural por meio da Análise Exploratória de Dados Espaciais. Os principais resultados alcançados mostraram que a Amazônia brasileira ainda é uma região territorialmente rural, no qual detém alguns polos urbanizados como foi o caso das capitais dos estados e alguns municípios de médio porte. Notou-se ainda que foram nos estados do Pará, Rondônia e Tocantins onde se encontraram os melhores indicadores sociais e econômicos, porém os piores indicadores ambientais. Por outro lado, foram nos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Roraima onde se teve os indicadores ambientais mais favoráveis, no entanto, os sociais e econômicos foram deficitários. O desenvolvimento rural, por ser multidimensional, teve como determinantes variáveis sociais, econômicas e ambientais, em que os melhores níveis desse desenvolvimento concentraram-se na porção Leste e Sul da Amazônia brasileira, representados pelos estados de Rondônia, Pará e Tocantins, todos, atualmente, inseridos na fronteira agrícola de produção. No lado Oeste e Norte localizaram-se os piores níveis de desenvolvimento rural, com os estados do Acre, Amapá, Amazonas e Roraima integrando essa porção territorial. Diante disso, ficou visível uma dualidade na distribuição do desenvolvimento rural. Destacaram-se cinco polos principais de desenvolvimento rural, sendo o Sudeste Paraense, o Leste Rondoniense, o Centro Amazonense, o Ocidental Tocantinense e o Nordeste Paraense. Foram ainda nesses polos onde se verificaram os maiores contingentes populacionais e, portanto, comprovando a hipótese inicial adotada, isto é, os municípios com maiores densidades populacionais rurais apresentaram os maiores níveis de desenvolvimento rural, inclusive com análise de correlação e regressão positivas e significativas estatisticamente. Ainda se constatou que as principais rodovias federais da região (BR – 364 e BR – 153) têm atuado como verdadeiros corredores de desenvolvimento. Por fim, verificou-se a existência de clusters espaciais no desenvolvimento rural da região, em que seis padrões espaciais se sobressaíram, tanto de alto como de baixo desenvolvimento, comprovando a segunda parte da hipótese traçada. Existe na região um padrão de desenvolvimento rural heterogêneo e com formações de aglomerados espaciais de municípios com níveis de desenvolvimento rural semelhantes, como foi o caso do clusters de baixo desenvolvimento rural no Acre, Amazonas e Leste Tocantinense ou de alto desenvolvimento em Rondônia, Pará e Oeste do Tocantins.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }