@MASTERSTHESIS{ 2018:1186687342, title = {A redefinição do conceito de classe e suas implicações políticas: uma análise sobre Ellen Meiksins Wood}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3451", abstract = "A presente dissertação empreende análise na obra de Ellen Meiksins Wood, visando compreender: (1) como a concepção de classe social se modifica na renovação do materialismo histórico apresentada por E. Wood; (2) como essa redefinição repercute nas análises sobre o papel político da classe social; (3) e como a referida modificação se relaciona com o conceito de Democracia pensado pela autora. O ponto de partida é a constatação da autora de que a democracia contemporânea não pode enfrentar a exploração de classe, pois a cidadania não é determinada pela condição socioeconômica e a igualdade cívica nas democracias contemporâneas não impacta a desigualdade de classe. Desse modo, a partir de insights e sugestões elaboradas por E. P. Thompson, a historiadora e teórica política Ellen Wood propõe analisar a relevância da política como instrumento de dominação social e o lugar dos conflitos especificamente políticos nos processos de transição entre os diferentes modos de produção e na superação da dominação de classe. Assim, a proposta é aprofundar os esforços teóricos para pensar classe como relação e processo e ampliar o conhecimento sobre o papel político da classe operária na constituição da Democracia Substantiva. O primeiro resultado diz respeito ao conceito de classe operado por E. Wood, que enxerga um avanço teórico na proposição de E. P. Thompson. Isto nos leva ao segundo resultado: a concepção de classe se relaciona a um contexto histórico específico. Em “determinadas condições históricas, situações de classe geram formações de classe”. É a experiência, como efeito das determinações objetivas – relações de produção e exploração de classe –, que reúne grupos heterogêneos. Esse entendimento traz uma nova possibilidade de refletir a classe operária em tempos de acumulação flexível e de teorias que suportam análises fragmentárias do mundo. O terceiro resultado é que vivemos em uma democracia formal onde o trabalho livre é dominante, mas é exaltado a partir de uma ideologia que justifica a sujeição do trabalhador às disciplinas capitalistas. Com a separação da condição cívica da situação de classe, a liberdade civil do trabalhador é neutralizada pelas pressões econômicas do capitalismo. Por exemplo, a igualdade de classe é algo muito diverso da igualdade étnica ou de gênero, pois, em certo sentido, a igualdade formal pode ser extensível para diferentes grupos étnicos ou de gênero, sem ameaçar o sistema capitalista – o mesmo não se pode dizer em relação à igualdade de classe. Assim, respeitar à pluralidade da experiência humana não pode significar “a dissolução da causalidade histórica”.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }