@MASTERSTHESIS{ 2016:1547584811, title = {A trajetória do autismo na educação: da criação das associações à regulamentação da política de proteção (1983-2014)}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3388", abstract = "O Brasil instituiu a “Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, pelo Decreto n. 12.764/2012, dois anos depois, pelo Decreto nº 8.368/2014, regulamentou a referida Política, a qual recebeu um reforço significativo com a promulgação da Lei n. 13.146/2015, conhecida como a “Lei Brasileira de Inclusão” ou “Estatuto da Pessoa com Deficiência”. Foram/são conquistas legais muito expressivas, que reforçam e estimulam o processo de inclusão escolar e social das pessoas com autismo. Sobre essas conquistas legais podemos questionar: elas resultam das imposições dos organismos internacionais ao Estado brasileiro? Expressam as ações de um Estado benevolente e solidário? Ou são frutos de longas e intensas lutas das associações de pais e amigos dos autistas, de profissionais e pesquisadores que exigiram a intervenção do Estado? O fato de termos conquistados avanços na legislação, já garante qualidade de vida e educação para os autistas? Diante do exposto, constituiu-se como objetivo central do presente estudo compreender a trajetória do autismo na educação brasileira entre 1983 e 2015, ou seja, resgatar historicamente, o processo de inclusão dos autistas, procurando articular dialeticamente os movimentos dos pais e associações de pais e amigos dos autistas, às garantias de direitos e às políticas de inclusão instituídas pelo Estado. Como objetivos específicos pretendemos: a) situar a educação dos autistas dentro do quadro da modalidade da educação especial; c) compreender o papel dos pais e das associações de pais e amigos de autistas na garantia dos direitos dos autistas. Para dar conta desses objetivos, o estudo adotou como metodologia de análise a dialética enfocando as contradições entre as demandas dos movimentos em torno dos direitos dos autistas e as ações/reações dos diversos setores oriundos do Estado. A pesquisa teve como fontes para análise a legislação, matérias da imprensa escrita, como a Folha de São Paulo, revista Veja, Jornal de Beltrão, bibliografias de caráter memorialistas, bibliografias diversas e entrevistas com pais de autistas que estão à frente de instituições ou pesquisadores sobre o tema. Num primeiro momento, o texto problematiza as contradições entre inclusão/exclusão e emancipação na sociedade capitalista, palco, no qual estamos inseridos; em seguida reconstrói o processo de inserção dos deficientes mentais, especialmente os autistas, no sistema educacional; posteriormente, resgata a história de duas instituições fundadas por pais que se dedicam aos autistas, a AMA-SP e a APADV, de Dois Vizinhos no Paraná; por fim mostra algumas experiências de inclusão de autistas e os debates em torno dessa inclusão, ou seja, reflete sobre os desafios para a inclusão de autistas no ensino regular ou comum. Constatamos que há uma hegemonia na ideia de inclusão escolar das pessoas com deficiência, mas, na prática, a inclusão ainda se aproxima mais da exclusão, da segregação. Os primeiros passos foram dados, mas, a luta pela inclusão real, integral, que leva à emancipação das pessoas com deficiência, entre elas os autistas, ainda requer muito de nossas energias para debater, estudar, questionar, cobrar.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }