@MASTERSTHESIS{ 2016:1115779609, title = {Nietzsche, tipologia e hierarquia}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3067", abstract = "Tendo como sustentáculo alguns textos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, o objetivo desta pesquisa é investigar a hierarquia (Rangordnung) e a noção de tipo (Typus). Contudo, o intento deste trabalho não visa apenas interpretar as possíveis relações hierárquicas entre alguns tipos, mas também extrair dessa tarefa alguns critérios hierárquicos. O critério hierárquico da criação é desenvolvido, em certa medida, como um fio condutor para os capítulos, sendo interpretado nas seguintes relações tipológicas: espírito livre e espírito cativo, trágico e socrático, e senhor e escravo. Sobre esses tipos pergunta-se: Todos são criadores? Não, nem todos são criadores, no entanto, não é apenas essa característica que organiza os tipos hierarquicamente, mas também a diferença entre as suas criações é um ponto distintivo importante: são sinais de afirmação e coragem perante a vida, ou expressões de cansaço, comodismo, fuga, medo e ódio? As criações desses tipos elevam ou empobrecem o homem e a vida? O conceito de criação enquanto critério é interpretado – em grande medida – com base no discurso de Assim falou Zaratustra, intitulado Das três metamorfoses. Nesse sentido, o espírito livre é criador, mas apenas de si mesmo; ele representa o leão pela sua coragem, sendo um tipo hierarquicamente elevado por ser livre dos deveres vigentes, ao contrário do camelo. O cativo é o camelo, pois não cria, apenas reverencia habitualmente o que já foi criado, é acomodado ao presente pelo seu medo de criar. O trágico dionisíaco é análogo ao espírito como criança, ambos afirmam a vida e a mentira com a incessante criação. Já o socrático também cria, no entanto, como reação à criação mitológica do trágico, e como fuga da existência, sendo mais análogo ao camelo pela sua incessante crença e busca da verdade. O tipo Nobre é criador, e análogo à criança, pois, ao subordinar o tipo plebeu em prol da criação e do cultivo de um tipo superior, o faz com inocência e sem compaixão. Outra característica é que sua criação vem da afirmação e da reverência de si, é de primeira ordem. Já o escravo cria com ódio e ressentimento, reagindo à criação do senhor, sendo mais análogo ao camelo. Sua criação possibilita um empobrecimento, pois visa a conservar a maioria, ao invés do tipo forte, fazendo com que esse último se corrompa e se considere “mau” em contraste com o rebanho de homens “bons”.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }