@MASTERSTHESIS{ 2017:1491831475, title = {O ensino de sociologia na rede estadual de Francisco Beltrão: o que se ensina, como se ensina e por que se ensina?}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3013", abstract = "A pesquisa tem como objetivo principal identificar quais as perspectivas dos professores de Sociologia do município de Francisco Beltrão/PR em relação ao que ensinam, como ensinam e por que ensinam Sociologia. Com base no pressuposto de que toda prática docente possui um fundamento teórico-metodológico, considerado como epistemologia da prática docente, analisa como é compreendido e praticado o ensino de Sociologia pelos profissionais deste município. Para a realização da pesquisa entrevistamos quatorze profissionais que atuaram com a disciplina no ano letivo de 2016, além da leitura de documentos e da bibliografia da área. Analisamos estes dados a partir dos pressupostos do materialismo histórico dialético (Marx, 2007; 2008; Frigotto, 2000; Netto, 2011; Nosella, 2010; Tonet, 2007; Neves, 2005), opção teórico-metodológica que possibilitou a reflexão crítica sobre o objeto de pesquisa, considerando-o em sua totalidade, relações e contradições. A história da Sociologia como disciplina escolar foi marcada por uma longa trajetória de instabilidades, iniciada ainda no final do século XIX, que sempre caracterizou sua ausência ou permanência nas Matrizes Curriculares do Ensino Médio. Em 2008 – com a promulgação da Lei Federal nº 11.684 - ocorre o retorno efetivo da disciplina e seu ensino torna-se obrigatório nas três séries do nível médio da Educação Básica. Tal aspecto é abordado no primeiro capítulo, mediante análise da trajetória da institucionalização da Sociologia e alguns aspectos de seu processo de ensino, a nível nacional e estadual, considerando os documentos oficiais DCNEM, PCNEM, OCNEM e DCE/PR. Entendendo a importância das diferentes tendências pedagógicas enquanto orientadoras das práticas docentes, no segundo capítulo apresentamos o processo de ensino nas perspectivas tradicional, escolanovista, tecnicista, pós-moderna e histórico-crítica, buscando delinear o ensino de Sociologia a partir destas abordagens. No terceiro capítulo, analisamos as perspectivas dos professores de Sociologia de Francisco Beltrão em relação ao que ensinam, como ensinam e por que ensinam a disciplina. Os resultados apontam para o consenso existente entre os docentes sobre o que ensinar e exprimem as lutas que se travam no campo pedagógico pela disputa hegemônica entre as teorias, aferindo a relevância da presença da PHC entre parte dos professores demonstrando como a presença desta teoria, ainda que carregada de contradições e limites, significa um avanço nas relações que se estabelecem no interior da escola. Sobre o como ensinar, indica uma compilação de concepções pedagógicas com ênfase à PHC, como pressuposto teórico-metodológico, revelando a resistência diante à hegemonia da pedagogia das competências. A pesquisa aponta também - sobre o porquê ensinar - que alguns docentes depositam na disciplina a possibilidade de uma formação que prepara para o exercício da cidadania, assumindo uma concepção liberal, desconsiderando, em partes, a existência de uma sociedade com interesses antagônicos. Sob outra perspectiva, há os docentes que destacam a importância dos alunos se apropriarem dos conhecimentos sociológicos, os quais propiciariam, portanto, uma conscientização política e, consequentemente, condições para que reivindique seus direitos e atue efetivamente para uma possível transformação da sociedade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }