@MASTERSTHESIS{ 2012:990943989, title = {Memória dos desapropriados do Parque Nacional do Iguaçu: as fronteiras do cotidiano em terras (i) legais?}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2598", abstract = "O estudo resgata o processo de migração ocorrido na região oeste do Estado do Paraná, tendo como sujeitos os agricultores provenientes dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina para a região, na década de 60. Com a ampliação das dimensões do Parque Nacional do Iguaçu, esses agricultores foram compelidos a deixar suas terras, sendo que os últimos colonos saíram por volta de 1978 e, sem terem pra onde ir, aceitaram a proposta do poder público de se estabelecer na região do Ocoy no município de São Miguel do Iguaçu. A história da região oeste do Paraná possui razoável literatura, porém, este momento importante de análise do território, das desapropriações e migrações foi insuficientemente abordado. Os parcos registros deixam de lado as narrativas e imagens que expressem o modo de vida, as expectativas e angústias de cerca de 470 famílias que viveram na região e passaram por esse processo. As comunidades que ali viveram, tanto em São José do Iguaçu, quanto em Santo Alberto, Dois Irmãos, São Luís e Santa Luzia, eram formadas por propriedades familiares. Os colonos tinham a terra como fonte de subsistência, eram comunidades que se visitavam, apesar das dificuldades em viver em um local considerado inóspito. A falta de informações pode ter levado os colonos à compra de terras que estavam designadas a se tornar parque. Segundo as narrativas nem todos os agricultores foram ressarcidos, ou foram parcialmente. A indenização, muitas vezes, era tão insignificante, que não justificaria uma briga judicial. Outros ainda foram lesados por advogados. Percebe-se que a ditadura militar inflamou o processo de retirada dos colonos das terras. O objetivo deste trabalho foi o de analisar por meio das narrativas quem foram essas famílias, seu cotidiano, como se dava a relação destes com os limites territoriais do parque, como o aumento das dimensões do parque afetou suas vidas, se houveram conflitos, como foi o processo de saída, para onde foram e como vivem hoje essas famílias. A pesquisa do tipo qualitativa considerou as fontes secundárias como a bibliografia referente que abordasse as discussões de história e memória. Também foram buscados nos acervos das famílias, fotografias, documentos, mapas, jornais da época, entre outros. O estudo então se direcionou para as fontes primárias, tendo como foco os colonos agricultores que foram desapropriados. No decorrer da pesquisa surgiram novos personagens, como o Diretor do Parque à época, um advogado que por vezes impetrou habeas corpus para retirar da prisão os colonos presos por plantarem, e por fim, o relato de um dos presos que apresenta como se deu a sua prisão e como era estar preso. Estes elementos colhidos em campo enriqueceram a pesquisa, abrindo possibilidades futuras de investigação para várias áreas do conhecimento.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação, Letras e Saúde} }