@MASTERSTHESIS{ 2016:1824047206, title = {Políticas linguísticas em um contexto transfronteiriço: representações de professores sobre o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - PNEM.}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2578", abstract = "Esta pesquisa buscou investigar como o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio PNEM se inscreve nas políticas linguísticas e educacionais e quais representações os interlocutores da pesquisa constroem, localmente, sobre essa formação continuada, em um contexto escolar transfronteiriço da cidade de Foz do Iguaçu/PR. No intuito de concretizar o objetivo proposto, procurei responder a duas perguntas de pesquisa: 1) Como as políticas linguísticas, aliadas às políticas educacionais, foram construídas historicamente no Brasil, entre estas o PNEM? e 2) Quais representações de um grupo multidisciplinar de professores e pedagogos são evidenciadas localmente, por meio de suas práticas discursivas, sobre a política de formação continuada do PNEM? A pesquisa em questão procurou realizar uma interface entre o campo teórico-metodológico da Linguística Aplicada (doravante LA) e a Educação (KLEIMAN, 1998; PENNYCOOK, 1998; BAKHTIN (VOLOCHINOV) ([1929] 2006; RAJAGOPALAN, 2006, 2013; entre outros). Dessa forma, fiz um recorte que abrangeu a Política Linguística e a Política Educacional na fundamentação teórica da pesquisa (HAMEL, 1993; CALVET, 2002; SHOHAMY, 2006, 2010; SAVIANI, 2008, 2011; JAFFE, 2009; SHIROMA et. al., 2011; MAHER, 2013; entre outros). Portanto, optei por uma metodologia de natureza qualitativa/interpretativa e de cunho etnográfico (ERICKSON, 1989; DENZIN e LINCOLN, 2006; FLICK, 2009). A dissertação foi organizada em três capítulos. No primeiro capítulo, apresentei o percurso teórico-metodológico da pesquisa; contextualizei a realidade linguístico-cultural e superdiversa da região transfronteiriça que circunscreve a cidade de Foz do Iguaçu/PR e o Colégio Estadual Ipê Roxo; bem como, a reordenação do PNEM localmente. A constituição do corpus consistiu em: notas de campo da observação participante dos encontros coletivos realizados no colégio durante o ano de 2015; os Cadernos de Formação I, II e IV da Etapa 2 do PNEM e suas respectivas Atividades de Produção Textual coletiva; e em excertos das práticas discursivas dos participantes de um Grupo Focal. O segundo capítulo tentou responder a primeira pergunta de pesquisa. Os resultados indicaram que junto à colonização do território brasileiro, também se empreendeu uma colonização linguística (MARIANI, 2004), e com ela aparecem as primeiras ações de políticas linguísticas e educacionais como os Regimentos de D. João III, a Reforma Pombalina, com a imposição da língua portuguesa por meio do Diretório do Índios, em 1757 (SOARES, 2004), ou ainda, no século XX, a repressão linguística estabelecida aos imigrantes e seus descendentes, no governo do Estado Novo; entre tantas outras. No capítulo 2, observei também, que diferentes concepções de língua(gem) estiveram subjacentes ao ensino e às políticas linguísticas de cada momento histórico, no Brasil. O terceiro capítulo procurou responder à segunda pergunta de pesquisa. A análise e interpretação dos dados evidenciou, entre outras questões, que os interlocutores apresentaram representações, às vezes, contraditórias com relação à formação continuada do PNEM. Pois ao mesmo tempo, em que pareciam assumir um posicionamento de agentes de política linguística, resistindo à política de cima para baixo (topdown) (SHOHAMY, 2006); em outros, acabavam reivindicando que a formação também fosse realizada para os professores do Ensino Fundamental II. Com efeito, percebi que a falta de debate nos encontros coletivos, impossibilitado pela reordenação do PNEM localmente, fez com que questões importantes para a realidade local, a exemplo da diversidade linguístico-cultural, fossem minimamente discutidas. Além disso, a análise dos documentos que regem o PNEM e os Cadernos de Formação, bem como, a interpretação das práticas discursivas dos interlocutores revelaram focos de atenção distintos. Por um lado, as representações dos interlocutores sobre os alunos do Colégio Estadual Ipê Roxo se mostraram, quase sempre, de forma estereotipada negativamente; com a afirmação de que a diversidade da realidade local determina a priori os problemas de aprendizagem dos educandos. Por outro lado, os documentos mostram maior preocupação com os direitos à aprendizagem do aluno, porém, não citam quais poderiam ser os direitos dos professores. Embora, os cadernos explicitem como exigência que o professor articule teoria e prática, no contexto da sala de aula, os autores da formação continuada do PNEM acabam negligenciando esta articulação em sua parte metodológica", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação, Letras e Saúde} }