@MASTERSTHESIS{ 2014:927140309, title = {Os entrecortados caminhos do atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência sexual no município de Foz do Iguaçu: um estudo a partir do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS)}, year = {2014}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2553", abstract = "Política social e violação de direitos são duas faces de uma mesma moeda. Não podem existir separadamente. A primeira só existe porque a segunda, em determinado momento histórico, chegou ao seu limite, e os sujeitos cujos direitos foram cerceados tencionaram para que tais políticas fossem criadas pelo Estado. Dessa maneira, ao longo do processo de vitimização da Infância, foram construídos mecanismos protetivos direcionados ao segmento, inclusive dentro da política de Assistência Social. O CREAS foi o equipamento criado a fim de atender crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, reestabelecendo seus vínculos familiares. A interdisciplinaridade é um dos requisitos indispensáveis para o atendimento neste órgão. Por ocasião da pesquisa, os dados foram coletados junto ao CREAS. O objetivo foi conhecer a especificidade, a periodicidade e a duração dos atendimentos às vítimas no ano de 2012, bem como demais órgãos que tenham atuado nos casos, dentre outros dados. A partir das informações coletadas nas pastas de atendimento, acredita-se ser possível construir um entendimento concreto a respeito das deficiências na política de Assistência Social, e, de maneira mais ampla, na rede de atendimento, apontando para a urgente necessidade de reestruturá-la. Delimitou-se enquanto problema de pesquisa e objetivo a ser atingido o identificar a importância da interdisciplinaridade na consolidação de um atendimento integral ás vítimas de violência sexual. Durante a pesquisa, percebeu-se que as vítimas não têm sido acolhidas pelo conjunto de órgãos necessários ao seu atendimento inicial e acompanhamento posterior. No atendimento realizado, a interdisciplinaridade não é preconizada. Os atendimentos não são periódicos ou duráveis, considerando que a grande maioria das vítimas conta com apenas um atendimento. Na verdade, alguns atendimentos são extremamente duráveis, mas durabilidade sem frequência, sem atuação planejada, é procrastinar a resolução do problema. O Estado necessita estruturar suas políticas, seus equipamentos. Os recursos públicos precisam ser geridos a fim de, prioritariamente, subsidiar recursos humanos suficientes e habilitados para um atendimento com tal complexidade. A academia, enquanto responsável pelo processo de ensino-aprendizagem fornecido aos técnicos, necessita começar a materializar a aludida formação interdisciplinar para atuação em instituições públicas e privadas, no diagnóstico e acompanhamento de políticas públicas . Pensar projetos mais exógenos e menos endógenos dentro das áreas de conhecimento. Assim, a contribuição para uma lógica baseada na coletividade dentro dos serviços públicos será evidente. Por fim, a teoria que se quer sustentar é a de que há estratégias a serem desenvolvidas no âmbito das políticas sociais a fim de oferecer efetivo atendimento às vítimas, a despeito da impossibilidade de resolução do problema da violência. O que impede que tais estratégias sejam operacionalizadas é a falta de priorização política desse atendimento, o que reflete nas precárias condições de trabalho vivenciadas pelos serviços. Dessa maneira, a política tem condições sim de sair da abstração e materializar-se na vida dos sujeitos ao qual se destina.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação, Letras e Saúde} }