@MASTERSTHESIS{ 2012:481786972, title = {Leituras de Medeia: o mito e o lastro cultural}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2518", abstract = "Se o texto clássico é equivalente do universo e ressoa como pano de fundo no inconsciente coletivo, como afirma Ítalo Calvino (2002), é por meio dos processos de releitura, por meio da intertextualidade, que este se reavivará ao longo do tempo. O trabalho intertextual, todavia, conforme aponta Laurent Jenny (1979), pode revelar-se tanto na reativação dos sentidos da obra primeira como mostrar-se na renúncia ou desconstrução do discurso anteposto. Partindo, pois, da dialética entre presente e passado, contemporâneo e antigo, observando na linguagem artística potencial de resgate consciente de um discurso passado, tomado como verdade (ou não), e a possibilidade da reconstrução de sentidos e elaboração de novas estéticas, este trabalho objetiva desenvolver um estudo, de caráter comparativo e interpretativo, a partir de um conjunto de obras literárias, dramatúrgicas e artísticas, produzidas em diferentes contextos históricos, que dialogam com o mito grego de Medeia. Interessa aqui observar e interpretar como, no processo mimético e consoante o lastro cultural, os mímemas realizam a transposição do mito; desenvolver um trabalho de pensar se houve ou há um efeito diferencial no processo da transposição de linguagem que capta um conteúdo, uma forma do mito; verificar em que medida conteúdo e forma estética se mantêm e quais obras apresentam a ruptura com a série narrativa em torno do mito de Medeia. Nesta perspectiva, pretende-se refletir sobre o modo como os artistas, escritores e dramaturgos se reapropriaram esteticamente de obras do passado para realizar a problematização do presente ou de sua temporalidade histórica, a partir de novas criações artísticas que partem do mito de Medeia. Nesse sentido, a pesquisa parte da narrativa mítica dos Argonautas para prosseguir com leituras dos clássicos: Medeia (431 a.C.), de Eurípides, Medeia (s/d), de Sêneca, Médée (1635), de Pierre Corneille. Essas narrativas são, aqui, colocadas em diálogo com um recorte de imagens, percorrendo um lastro cultural de representações pictográficas do mito de Medeia, às quais se adicionam as narrativas fílmicas Medea (1969), de Pier Paolo Pasolini, e Medea (1988), de Lars Von Trier. Em uma perspectiva dialógica com o tema e o mito de Medeia, foram selecionados os textos da dramaturgia brasileira Gota d água (1975), de Chico Buarque e Paulo Pontes, e Des-medeia (1995), de Denise Stoklos, que também fazem parte do corpus da pesquisa, a fim de verificar como o mito é representado no contexto contemporâneo brasileiro, mais especificamente como o lastro referencial é lido pelos sujeitos escritores Chico Buarque, Paulo Pontes e Denise Stoklos, representantes de uma coletividade, da qual faz parte o escritor e o dramaturgo como intelectual.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }