@MASTERSTHESIS{ 2012:345568465, title = {Sondagem das anáforas não correferenciais ativadas em processos interpretativos de fábulas.}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2514", abstract = "Tendo em vista a dificuldade que os alunos sentem ao interpretar um texto, a presente pesquisa tem por objetivo refletir acerca do processo interpretativo no ensino de Língua Portuguesa. Mais especificamente, discutimos sobre o valor que elementos linguísticos exercem no instante da interpretação textual. Dentre os vários recursos linguísticos existentes, este trabalho aborda elementos que colaboram na construção dos significados e na tessitura do texto, focalizando, então, o processo de referenciação. Tal processo configura uma atividade discursiva, que ocorre por meio da construção e reconstrução de objetos de discurso, realizada por sujeitos num processo de interação, o que significa dizer que carrega, dentre outros fatores, os interesses e os pontos de vista dos interlocutores envolvidos no discurso (KOCH; ELIAS, 2006). A fim de promover, considerando os limites e as possibilidades desta investigação, uma compreensão mais precisa do corpus, dentre os elementos referenciais possíveis na língua portuguesa, optamos por focalizar as retomadas não correferenciais, tendo em vista serem concebidas como uma forma de manifestação do produtor do texto (KOCH, 2005). Partimos da hipótese de que a abordagem desse recurso linguístico no ensino de Língua Portuguesa pode auxiliar o aluno na interpretação textual, tendo em vista o seu papel no processo de extração de informações relevantes do texto. Para efeito de sondagem, tomamos como corpus de análise respostas interpretativas produzidas por alunos do 6º ano de uma escola pública de Cascavel-PR. Em um primeiro momento, verificamos como esses alunos interpretaram duas versões da fábula A raposa e as uvas, sem ter sido antes trabalhada a estratégia linguística proposta. Em um segundo momento, observamos como interpretaram duas versões da fábula O lobo e o cordeiro, após estudo das anáforas não correferenciais. Constatamos que, ao usar tais anáforas em suas respostas, os alunos deixaram transparecer suas escolhas com a finalidade de destacar traços ou características do referente e, assim, avaliá-lo, segundo suas crenças e seus pontos de vista. Nessa direção, observamos que os alunos realizaram estratégias de reconstrução do referente, demonstrando compreensão dos textos lidos. Concluímos, então, que tal mecanismo linguístico é muito mais do que simples um recurso de retomada, mas é marca e evidência de estratégia do sujeito na produção do enunciado, que vem retratar a recategorização de objetos de discurso. Tal processo é revestido de valor argumentativo relevante, pois a seleção de certas anáforas não correferenciais é feita a partir de uma série de fatores discursivos e mediante as finalidades comunicativas do falante. Para o desenvolvimento deste estudo, os principais referenciais teóricos adotados são Kleiman (2009), Koch (2004, 2005, 2006, 2008, 2009), Koch e Elias (2006), Mondada e Dubois (2003), dentre outros autores.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }