@MASTERSTHESIS{ 2007:1762072342, title = {Suicídio e desenvolvimento regional: um estudo sócio-econômico da incidência da auto-violência nas mesorregiões Oeste e Sudoeste do Paraná: 1990 A 2005}, year = {2007}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2157", abstract = "Compreendendo o suicídio como um fenômeno universal, um reflexo das alterações sociais e econômicas ocorridas na sociedade, bem como as diversidades regionais, este trabalho teve como objetivo analisar a relação entre ocorrência de suicídio e a configuração do processo de desenvolvimento regional das messoregiões Oeste e Sudoeste do Paraná, entre os anos de 1990 e 2005. Com base em bibliografia de referência e pesquisa, quantitativa e qualitativa, em laudos dos Institutos Médicos Legais, bem como em informações sócio-econômicas referentes as duas messoregiões, o trabalho revelou as altas taxas de suicídio em ambas, taxas estas superiores a média do estado do Paraná e do Brasil. O trabalho evidenciou a forte relação das taxas de suicídio com o conjunto de processos e dinâmicas sócio-econômicas responsáveis pelo desenvolvimento do Oeste e do Sudoeste, principalmente as mudanças sofridas no setor rural. Com uma economia alavancada pela produção agropecuária, transformações neste cenário, como os gerados pelo processo de modernização (revolução verde), mudanças na estrutura física, com a construção das barragens das usinas hidrelétricas de Salto Caxias e Itaipu Binacional, desapropriações de terra e êxodo rural , e as conseqüentes dificuldades sofridas pela agricultura, principalmente a agricultura familiar, são fatores que indicam uma forte relação com os índices de suicídio. Evidenciou-se, como em outros trabalhos, que a conduta suicida é largamente mais freqüente entre os homens do que entre as mulheres, isto mesmo quando o contingente populacional feminino é superior ao masculino e que o enforcamento é o método mais utilizado. Como apontaram outros estudos para o Brasil, a mortalidade-suicídio entre pessoas casadas foi mais freqüente que entre os solteiros, viúvos e desquitados. Com relação a faixa etária dos suicidas, verificou-se que em ambas mesorregiões o suicídio atinge mais pessoas em faixas etárias de vida ativa e produtiva. Percebeu-se também, que em todo o período, as taxas de suicídio foram superiores entre os indivíduos de ocupação rural, o que indica uma forte associação entre taxas de mortalidade-suicídio e a atividade agropecuária. Esta relação foi observada tanto na região Oeste, quanto na região Sudoeste, todavia no Sudoeste esta relação foi ainda mais forte, indicando maior dependência do setor agropecuário no desenvolvimento desta região que se configurou como região de agropecuária mais tradicional e pouco capitalizada, com pequenas propriedades e predomínio da agricultura familiar. Verificou-se também que 8 dos 20 municípios que compõem o ranking dos municípios com maiores taxas de suicídio são lindeiros, ou seja, municípios atingidos pela construção das Usinas de Itaipu e Salto Caxias. Seis destes municípios foram atingidos pela usina de Itaipu, todos no Oeste e 2 pela usina de Salto Caxias, um município no Oeste e outro no Sudoeste. Considerando a bibliografia de referência, observou-se que a Usina de Salto Caxias adotou uma política mais eficaz no processo de desapropriação das áreas atingidas do que a Usina de Itaipu e isto também pode ter influenciado em menos impacto para a população, o que certamente contribuiu para que esta não ficasse tão vulnerável, resultando em menores taxas de mortalidade-suicídio. Desta forma, este trabalho verificou que as taxas de suicídio são fortemente influenciadas pela dinâmica local e que os padrões suicidas demonstram a vulnerabilidade aos efeitos das conjunturas sociais, pois estes resultados podem estar refletindo uma relação real com a qualidade de vida de seus autores", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Desenvolvimento regional e do Agronegócio} }