@MASTERSTHESIS{ 2013:1791323790, title = {Virtù: a lógica da ação em Maquiavel}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2136", abstract = "A questão que norteia esta dissertação é demonstrar como o autor florentino recebe a ideia de virtude e a conforma para seu tempo: a virtù passa a designar a capacidade de transformar, pelo conhecimento e ação, a realidade política em vista de determinados objetivos políticos tanto por meio de ações individuais sob um principado quanto por meio dos cidadãos sob uma república. Maquiavel procede em seus argumentos indicando que agir com virtù designa a capacidade, inteligência e sagacidade daqueles que governam para conformar a realidade aos seus objetivos. Para tanto, situa a virtù enquanto ação política excepcional e a distingue em dois momentos: a virtù e conquista da glória, grupo ao qual pertencem os homens excelentes, os fundadores, cujas ordens e instituições permanecem; e a virtù e conquista do poder, grupo ao qual pertencem os excelentes capitães que, embora possuidores de virtù, têm suas ações marcadas pela não permanência, de sorte que tão logo deixam o quadro da história, suas ordens e instituições também deixam o quadro da história. Maquiavel, ao trilhar o caminho conexo às ações dos grandes homens, apresenta o enfrentamento entre virtù e fortuna sentenciando: para que nosso livre arbítrio não seja extinto, a fortuna precisa ser árbitra da metade das nossas ações, ainda nos deixando governar a outra metade, ou quase. O resultado pretendido é o de demonstrar que, diante da iminente necessidade de alcançar a virtù, Maquiavel indica que o caminho a ser percorrido é o do processo educativo através da educação cívica. Demonstra que, para conformar o cidadão, é necessário evidenciar a diferença existente entre o bom cidadão e o homem bom, sendo que sua conformação só se dará por meio da educação, em que as ferramentas pedagógicas são a estrutura militar e a estrutura religiosa. Ao considerar os meios educacionais em seus dias, Maquiavel afirma que há uma educação fraca e promotora do ócio e da licenciosidade. Para suplantar o ócio e a licenciosidade, Maquiavel recorre aos exemplos do passado que, pela educação e pela virtù, com auxílio da estrutura militar e religiosa, proporcionaram uma formação cidadã. Demonstra ainda que, para a conformação do homem cívico, a coragem, o patriotismo e a disponibilidade de se sacrificar pelo bem comum são concretizadas pela educação. Igualmente, que a conformação à virtù se dá por meio da educação do homem, da recorrência aos bons costumes, do desejo de liberdade, tornando-se imprescindíveis no combate à degradação do agir político, isto é, da corrupção.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }