@MASTERSTHESIS{ 2011:1731163626, title = {Nietzsche: a doutrina da vontade de potência como superação do mecanicismo}, year = {2011}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2118", abstract = "As incessantes críticas de Nietzsche ao mecanicismo (Mechanistik) presentes em seus últimos escritos evidenciam a importância da refutação do pensamento mecanicista. O objetivo da presente dissertação é propor, após a investigação das críticas nietzschianas ao mecanicismo, a vontade de potência [Wille zur Macht] como uma concepção de mundo e de vida capaz de superá-lo. Ao criticar o mecanicismo, o filósofo alemão procura superar suas várias facetas impondo a doutrina da vontade de potência como dominante. Nietzsche não ataca o mecanicismo partindo de um único ponto de vista, porém, em múltiplas perspectivas, denuncia-o como teoria que reduz o vir-a-ser à lógica; como ciência dogmática; como teoria teleológica e utilitarista; e como forma particular de metafísica e de cristianismo. A partir da luta dinâmica entre os impulsos e da tendência de crescimento de intensidade, Nietzsche pretende fornecer uma interpretação dos processos que não apenas ultrapasse as explicações presentes nas teorias mecanicistas, mas, sobretudo, que afirme a vida enquanto luta e superação contínua. Essa nova postura de mundo, pensada como superação do mecanicismo, emerge de uma Homogeneität da efetividade (Wirklichkeit) em que todo acontecimento é explicado em termos de vontade de potência: não há quaisquer dicotomias metafísicas presentes no mundo, não possui nenhuma teleologia, não foi criado por um deus. O mundo é mudança ou movimento por toda parte, sem início nem fim, e retorna eternamente. A vida ou o corpo deixa de ser pensada como matéria organizada e passa a ser um campo de batalha entre várias forças ou impulsos que lutam entre si por mais potência, em um processo contínuo de superação de resistências. Nesse confronto entre mecanicismo e vontade de potência, Nietzsche precisa da vida como critério para estabelecer a superioridade de sua teoria. É a partir de uma análise psicofisiológica da vida que as diferenças podem ser estabelecidas: por meio da investigação do sintoma presente em toda valoração, institui-se uma hierarquia (Rangordnung) entre tipos de vida. O resultado dessa análise pode denunciar o mecanicismo como sintoma de decadência fisiológica, ou seja, como teoria que nega o caráter dinâmico e perspectivista da vida. Concebendo que as teorias mecanicistas estão enraizadas em preconceitos morais e metafísicos, o filósofo considera o mecanicismo uma teoria inferior e apresenta a vontade de potência como superior. Ao contrário do mecanicismo, a vontade de potência afirma a vida como superação contínua, e, portanto, Nietzsche a considera uma interpretação superior, apresentando-a como uma nova alternativa explicativa da existência.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia}, note = {Filosofia Moderna e Contemporânea} }