@MASTERSTHESIS{ 2008:1968048696, title = {Habermas e Foucault: entre o universal e o particular: um debate ético filosófico da contemporaneidade}, year = {2008}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2095", abstract = "Este trabalho teve por objetivo analisar nas obras de Michel Foucault e Jürgen Habermas, os pontos de vista que cada autor tem, sobre a ética contemporânea. Os dois pensadores possuem pontos de referência e de pensamento bastante divergentes. Foucault aborda através da História da Sexualidade como que os sujeitos podem se constituir como pensadores e protagonistas de uma ética voltada para a subjetividade, direcionada para um cuidado pessoal de si. Seus textos nos remetem à vida grega e à possibilidade de uma vida pautada em uma estética da existência, onde preceitos universais não têm vez. Habermas, em contrapartida, parte de um paradigma diverso e praticamente antagônico. Ele acredita que o mundo vivido foi colonizado e instrumentalizado por um mundo sistêmico, onde o dinheiro e o Estado são seus baluartes mais expressivos. A saída que Habermas encontra para esta colonização é o agir comunicativo, onde por meio da linguagem, os sujeitos interagem e buscam através do uso da racionalidade argumentativa, o consenso. Este exercício racional é, segundo Habermas, a possibilidade mais adequada para o equilíbrio entre a subjetividade e a objetividade dos sujeitos que vivem no mundo. No fundo, a comunicação é uma ação intersubjetiva, que leva em conta, a inclusão do outro, a aceitação dos argumentos alheios e a intencionalidade da busca de harmonização entre a esfera privada e a esfera pública. O problema de Habermas reside em sua pretensão de tornar a ação comunicativa uma ação universal, válida para todos. Habermas, para isso, desenvolve uma teoria ética que considera que todo ato de fala possui uma pretensão de validade. O ato de dizer possui uma intenção, uma finalidade. Se esse ato de fala será válido ou não, dependerá da análise da comunidade na qual o sujeito se põe a discutir, dependerá da força argumentativa e da aquiescência ao melhor argumento. Esse ato de pôr em discussão é que validará ou não o argumento. Segundo Habermas, o que importa também é que esta discussão deve ser isenta de coação ou dominação. Algo que Foucault compreende como impossível, pois todo discurso possui em si poder. Não é algo que pode ser descartado ou esquecido. Ou seja, segundo Foucault, o próprio discurso é poder, independentemente de quem discursa. Com isso, podemos ver que Habermas e Foucault possuem pontos de vista bastante diversos sobre o que significa ser ético. Este trabalho, ao final, apresenta que Foucault tenta demonstrar que o cuidado de si é uma possibilidade livre de ser ético, onde através de técnicas pessoais, o sujeito busca encontrar-se e descobrir-se, tendo seu corpo e sua sexualidade como foco deste processo.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia}, note = {Filosofia Moderna e Contemporânea} }