@MASTERSTHESIS{ 2008:43309324, title = {O discurso como um elemento de articulação entre a arqueologia e a genealogia de Michel Foucault}, year = {2008}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2093", abstract = "O presente trabalho tem como objetivo analisar e apresentar certa modalidade de análise do discurso proposto por Michael Foucault, como um meio capaz de articular os projetos arqueológico e genealógico. Esta perspectiva permite indagar os dois momentos da filosofia foucaultiana não como períodos independentes, em que um se coloca em termos de oposição ou de superação ao anterior, senão que, pelo contrário, mostrar como dois empreendimentos que se complementam. Para realizar essa tarefa pretende-se investigar a trajetória de configuração da análise arqueológica, evidenciando que este projeto de Foucault constitui um instrumento alternativo em relação as concepções antropológicas da modernidade. Na descrição da arqueologia, primeiro desenvolve-se seu afastamento em relação a abordagem epistemológica, depois apresenta-se a análise do discurso como fundamental para compreender a descontinuidade que compõe as ordens dos saberes. Por fim, compreende-se que o empreendimento genealógico deve ser entendido como uma proposta de análise que faz aparecer o que já estava presente na arqueologia, mas que ainda não havia surgido como um domínio específico de análise: as relações de poder. Foucault declara na obra Microfísica do Poder (1979) que embora não tenha usado a palavra poder como um campo de análise nas obras anteriores a 1968, ele estava presente no saber. Desta afirmação pode-se inferir que os movimentos do pensamento de Foucault não implicam uma divisão estática entre uma fase onde predomina o saber (arqueologia) e outra onde predomina o poder (genealógica). O que une e diferencia suas análises não é o objeto a que se referem, mas, antes, o domínio em que se situam. Enquanto a arqueologia pretende descrever o discurso para revelar como o saber nele aparece regulado; a genealogia quer mostrar como nas práticas discursivas há uma relação saber-poder que permite o exercício do poder. Deste modo, a descrição arqueológica da regularidade dos discursos permite a genealogia localizar os pontos de luta em que o intelectual deve exercer sua crítica. Para Foucault o discurso apresenta-se como uma realidade complexa e que, por tanto, é preciso analisá-lo em diferentes níveis. Por um lado, o discurso aparece como um conjunto regulado; por outro lado, mostra-se polêmico e estratégico. Assim, a crítica que arqueologia e genealogia fazem a concepção moderna do sujeito constituinte só pode realizar-se onde o saber e o poder vêm se alojar: no discurso. Enfim, demonstra-se que tanto a arqueologia quanto a genealogia fazem parte da proposta de Foucault de fazer da filosofia uma tarefa crítica do presente através da problematização do pensamento como um acontecimento.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia}, note = {Filosofia Moderna e Contemporânea} }