@MASTERSTHESIS{ 2013:2135275514, title = {Da filosofia do nada à filosofia da práxis: Sartre em movimento}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2050", abstract = "O intento desta dissertação consiste em analisar a passagem da filosofia do nada à filosofia da práxis em Jean-Paul Sartre. Propõe-se analisar a ascendência especulativa entre os dois períodos, procurando evidenciar a possibilidade de o ser-Para-si orientar-se por um perfil mais otimista, um encontro possível do projeto ontológico articulado pela teoria do engajamento. O ponto de partida é a contingência, estamos lançados-no-mundo, tudo é contingencial, esta noção contrapõe-se à inflexão da necessidade na qual o mundo só pode ser originado pela consciência. O mundo fenomênico está aí diante de nossos olhos para ser descoberto, para ser intencionado pela consciência. Em Sartre ela não se reveste pela primazia teleológica de ser cognoscente, no sentido de não haver nenhuma essência ventilando a existência, a consciência ocorre por um processo de esvaziamento, de descompressão do ser; se o fundamento equacionado sob o viés essencialista é expulso da consciência, então, no mínimo, Sartre estaria propondo uma espécie de crise fundamental e tal crítica culminaria com aquilo que ele chama de angústia ontológica ou desespero não havendo razão para viver, a vida remeteria ao fracasso total, a nada, a sua absurdidade. Com a realidade do mundo, das circunstâncias, da facticidade e da contingência, a existência sempre precederá a essência. Filosoficamente se coloca e existência em termos de subjetividade e os grandes pensadores se propuseram a articular rigorosamente a maneira pela qual poderemos conhecer, não somente o mundo, mas o homem em seu contexto ontológico e, no caso do pensamento sartriano, isto ocorre de sua ontologia para o primado do atualismo fenomenológico existencial, que sempre atenderá ao projeto fundamental na evidência de a vida escolher-se em forma de projeto livre. Não obstando o mundo ser constituído por outras consciências; cada sujeito não age no seu projeto solitariamente, e a problematização da intersubjetividade, do ser-Para-outro, na sua presença, desemboca na ação conflituosa porque o ser-Para-outro tem por finalidade o cerceamento da liberdade que não lhe pertence. Nota-se ainda distinção acentuada na forma de o autor pensar a concepção da subjetividade na ascendência de suas obras (O ser e o nada e a Crítica da razão dialética). Embora se fale em mudança radical, o percurso empreendido por Sartre nada mais é que o amadurecimento necessário e convergente da adaptação de seu existencialismo, vertendo para certo otimismo, o qual só pode ser compreendido em termos de engajamento. Este conceito inovador vai além de uma concepção centrada na simpatia ou antipatia à segmentação política, mas o entendimento final de Sartre é a retomada da autenticidade e de sua confluência ética, tencionando responsabilizar cada indivíduo no reconhecimento de seu projeto. O otimismo não é lírico, muito menos prosaico, é imanente e atual, o ser-Para-si está revestido deste poder de transgredir as situações postas, resignadas a toda tentativa de dogmatizar ou fundamentar a realidade humana obstando de sua liberdade primeira, de fazer-se enquanto ser-possível.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia}, note = {Filosofia Moderna e Contemporânea} }