@MASTERSTHESIS{ 2012:1061310568, title = {Entre nóias, playboys e a galera da vila: uma etnografia das relações sociais entre jovens na periferia de Paranaguá PR}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2042", abstract = "Essa dissertação é o resultado final de uma pesquisa que teve como pressuposto a necessidade de investigar as dinâmicas e práticas sociais de jovens no contexto de uma periferia urbana. Compreendendo que existe uma polifonia de sentidos para o tempo da juventude, a proposta foi relacionar os vários modos de ser jovem aos desdobramentos decorrentes da experiência de viver na periferia. A pergunta norteadora do trabalho foi: que lugar o viver na periferia ocupa como gerador de experiências de vida? . O método pelo qual se buscou essa resposta foi o etnográfico, enfocando os modos de interação dos jovens, suas práticas e valores, relações com o mundo e representações de si e do outro. O campo empírico da pesquisa foi o Parque São João, bairro localizado na periferia da cidade de Paranaguá, Paraná. O trabalho de campo foi realizado em duas etapas, sendo que a primeira, de caráter exploratório, durou aproximadamente um mês e teve o objetivo de lapidar um pré-projeto de pesquisa. A segunda de caráter definitivo se estendeu por três meses e buscou acompanhar os jovens em suas interações sociais cotidianas estabelecidas, inicialmente, no espaço da esquina do bairro. Os resultados obtidos através do relacionamento entre os conceitos de juventude e periferia, atravessados pela noção de experiência social, demonstraram que os jovens do grupo desenvolvem relações ricas em símbolos e significados, iniciando com a identificação de uma discursividade marcante sobre os modos de vida no bairro, que ora é visto como lugar de gente ruim , ora como nossa vila . Destaca-se ainda a necessidade de gerenciamento do estigma social de ser jovem pobre e morador de bairro periférico, produzindo um olhar dicotômico de mundo orientado por pares de oposição como rico versus pobre; playboy versus vida loca ; periferia versus centro. Dentro desse dinamismo os jovens constroem suas identidades sendo marcante a presença do pertencimento local, somos da vila . A presença do elemento drogas também surgiu com força orientando e gerando experiências de vida entre os jovens. O envolvimento ou não com o tráfico estabelece a hierarquia dentro do grupo e o ethos masculino, consubstanciado na noção de vida loca . Por fim, foram operacionalizadas as categorias cenário, pedaço, mancha e circuito desenvolvidas por Magnani (2005) sendo possível demonstrar, por meio da etnografia de uma noite de curtição , que os jovens pouco circulam pela cidade, mantendo-se restritos ao lazer ofertado nos espaços da periferia. Porém, o pertencimento local não impede os jovens de fazerem a experiência da diferença, que aparece quando frequentam o posto de gasolina nas imediações da vila e quando se dedicam ao consumo de roupas de marcas famosas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Sociais}, note = {Fronteiras, Identidades e Políticas Públicas} }