@MASTERSTHESIS{ 2016:471922338, title = {Dinâmica do mercúrio na estrutura do ecossistema do reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1826", abstract = "Nas últimas décadas o intenso desenvolvimento de atividades econômicas e o crescimento populacional resultaram em uma maior pressão sobre os ecossistemas aquáticos. E entre as várias formas de contaminação do ambiente, a poluição por metais como o mercúrio (Hg) destaca-se como uma das fontes de preocupação para pesquisadores e órgãos governamentais, visto que pode resultar em problemas de saúde pública, por ser um agente teratogênico e afetar o sistema nervoso central, além disso, devem ser considerados os efeitos ambientais e econômicos. Baseado nesta problemática esta pesquisa objetivou estudar a dinâmica do Hg na estrutura do ecossistema aquático do reservatório de Itaipu em compartimentos representativos da cadeia trófica deste reservatório, a fim de analisar preliminarmente a ocorrência do processo de biomagnificação na cadeia trófica. A hipótese era que o Hg apresenta concentrações distintas nos diversos compartimentos e que o gradiente de concentração obedece ao mesmo sentido do fluxo da cadeia trófica na estrutura do ecossistema aquático. As amostragens foram realizadas nos meses de dezembro/2014, maio e agosto/2015, em um braço do reservatório de Itaipu, situado na cidade de São Miguel do Iguaçu (PR), contemplando três pontos. Os compartimentos analisados quanto ao Hg total foram o sedimento, fitoplâncton, zooplâncton, zoobentos e comunidade íctica, abrangendo três espécies de hábitos alimentares diferentes, sendo elas o Hypophthalmus edentatus (filtrador), o Pterodoras granulosus (onívoro) e o Cichla monoculus (piscívoro). As análises de Hg total foram realizadas por espectrofotometria de absorção atômica, foi realizada uma análise de variâncias (ANOVA) não paramétrica, para determinar se havia diferença na concentração de mercúrio dos diferentes componentes do ecossistema. Os resultados apontaram diferenças significativas entre os grupos analisados, sendo as maiores concentrações de Hg total detectadas para o fitoplâncton (145,08 ng.g-1 ± 83,77), seguido do zooplâncton (87,62 ng.g-1 ± 25,58), zoobentos (32,59 ng.g-1 ± 40,56), sedimento (8,69 ng.g-1 ± 3,12) e peixes (1,59 ng.g-1 ± 1,48). No compartimento peixes, as maiores concentrações foram observadas para o de hábito filtrador (H. edentatus) com 3,2 ng.g-1, sendo seguido pela espécie piscívora (C. monoculus) com 0,95 ng.g-1 e onívora (P. granulosus) com 0,35 ng.g-1. Não foi detectada relação significativa entre o comprimento padrão e as concentrações de Hg total para as espécies analisadas. A análise preliminar quando ao processo de biomagnificação demonstrou que as concentrações mais elevadas de Hg total em compartimentos de base de cadeia alimentar (fitoplâncton) e as concentrações mais baixas de Hg total em organismos topo de cadeia (peixes) indicam que provavelmente as condições biogeoquímicas deste ambiente não sejam propicias à metilação e biomagnificação do Hg.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Ambientais}, note = {Ecossistemas e dinâmicas Sócio-ambientais e Tecnologias aplicadas ao Meio Ambiente} }