@MASTERSTHESIS{ 2012:517986639, title = {Os litores da nossa burguesia: o Mídia sem Máscara em atuação partidária (2002-2011)}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1789", abstract = "Investigamos nesta dissertação a atuação partidária do grupo organizado em torno do website Mídia Sem Máscara (www.midiasemmascara.org) entre os anos de 2002 e 2011. Ele se constitui em 2002, no contexto das eleições presidenciais que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, apresentando-se como um observatório de imprensa, sob a responsabilidade de seu principal organizador Olavo de Carvalho. Este propunha através do Mídia Sem Máscara agrupar uma série de intelectuais de direita em torno de um componente ideológico: o anticomunismo. Após aquela eleição houve rápida ascensão anticomunista na mídia brasileira, elemento de pressão sobre o Partido dos Trabalhadores para que cumprisse os compromissos assumidos com a burguesia e o imperialismo. Explicação que não é suficiente para caracterizar o avanço de um movimento organizado de tipo fascista, que iremos analisar através dos limites do ultraliberalismo como projeto histórico-social, incapaz de solucionar as crises do capital-imperialismo. Nesta conjuntura o anticomunismo serviu como base ideológica comum para o espectro fascista da sociedade, um movimento organizador visando o acirramento da luta de classes. O Mídia Sem Máscara partiu destas bases militando por um projeto fascista ainda não plenamente desenvolvido, já que determinado pela conjuntura. O fascismo é compreendido aqui como um fenômeno nascido com o imperialismo, cuja função política e social primária é o de reorganizar o bloco no poder de maneira brutal durante a crise aberta, para a manutenção e reprodução da sociedade de classes o que denota seu caráter de luta aberta contra a classe trabalhadora e suas organizações, de maneira geral contra qualquer avanço conquistado pelas classes exploradas. Isto não significa que qualquer crise abre caminho para a alternativa fascista, mas é pela perspectiva de ruptura institucional que os movimentos fascistas contemporâneos organizam-se. Esta é uma das prerrogativas do que podemos chamar de terceira onda fascista, ideologicamente distinta das anteriores pela aceitação dos pressupostos econômicos ultraliberais e organizativamente pela ênfase na formação de redes extrapartidárias. Iremos abordar nesta dissertação: a relação da história imediata com a academia; a produção do conhecimento histórico e a questão da verdade histórica; os desenvolvimentos qualitativos do capitalismo no século passado; o desenvolvimento da internet como parte da ampliação das formas de reprodução do capital; a instalação da internet no Brasil; os movimentos fascistas em suas transformações; a trajetória pública de Olavo de Carvalho; a constituição e afirmação do Mídia Sem Máscara; sua organização; peculiaridade discursiva; formas de atuação para propaganda, cooptação e formação de seus leitores-militantes através da internet; os grupos sociais aos quais dirigem-se; sua rede extrapartidária; e suas premissas ideológicas, enfatizando a especificidade de seu anticomunismo (o anticomunismo contra Gramsci).", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }