@MASTERSTHESIS{ 2012:992291428, title = {Atrás dos nossos direitos, porque esse povo quer destruir a gente : memórias, trajetórias e lutas dos atingidos por barragens no Agreste Paraibano}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1786", abstract = "A época em que vivemos apresenta uma série de desafios e novidades , que se impõem ao nosso cotidiano e atravessam os modos de ser, de produzir e (re)produzir nossa existência. A mim foi ensinado que vivemos numa aldeia global , onde tudo e todos estão interligados. Tudo acontece e posso acompanhar em tempo real : as guerras, as catástrofes, os crimes, a violência urbana; as vitórias, as derrotas; o que é crônico e banal, as exceções que são apregoadas como regra; as agruras e amores de pessoas comuns confinadas em um paraíso ecológico ou dentro de uma casa. É a vida sem causa e sem consequência. Tudo é porque é. No Brasil é visível a ideia de desconstrução, é momento de modernidade , de progresso , de isenção do país no primeiro mundo . Assim impulsionado por esses princípios o governo do Estado da Paraíba se apropriou do pretexto sedutor de suprir as necessidades de abastecimento de água da cidade de Campina Grande e dos municípios de Itatuba, Aroeiras, Ingá, Mogeiro, Itabaiana, Salgado de São Félix, Juripiranga, Pilar, São Miguel de Taipu e Fagundes, ambos localizados na microrregião do Agreste paraibano, que pareceria beneficiar, assim, mais de 134 mil pessoas e constrói a Acauã. Entretanto essa construção não trouxe tal progresso, pelo contrario prejudicou ainda mais as populações ribeirinhas. Assim, essa dissertação se propôs a discutir as memórias, as trajetórias de vida e lutas dos atingidos por essa barragem, vivenciadas concretamente, dialetizada, proporcionadas pelo deslocamento compulsório no advento da construção da Barragem de Acauã. A fim de atingir o objetivo proposto, foram realizadas entrevistas com os reassentados, com base na metodologia de história oral. O trabalho aponta que as indenizações feitas às famílias atingidas, em muitos casos não foram suficientes para que as mesmas pudessem retomar e reestruturar suas vidas em um novo território, diante da mudança imposta pela construção da barragem e que o deslocamento desestruturou o padrão de organização social da população envolvida. A base teorica-conceitual desse trabalho é construída com base nas ideias e inquietações de E.P.Thompson, a partir dos conceitos de cultura, experiência, pois parto da ideia que a experiência de ser atingido pela Barragem de Acauã provocou e alimentou a reflexão, criando condições para a oxigenação do racionalizado, do estruturado, alimentando a formação do movimento dos atingidos por barragens que nasce do dialogo entre razão e realidade, do tratamento dado a esse diálogo, a essa experiência, na consciência. A luta desses trabalhadores por condições melhores de moradia e de vida possibilita historiar o processo de formação de classe trabalhadora no momento presente, mostrando que no atual contexto paraibano há essa experiência de luta revendo a produção historiográfica local que não considera o Estado da Paraíba, nesse atual momento vivido, como ambientes de luta pela terra articuladas e mobilizadas pelos trabalhadores.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }