@MASTERSTHESIS{ 2009:1593863939, title = {Inclusão social e as pessoas com deficiência: uma análise na perspectiva crítica}, year = {2009}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/904", abstract = "Este trabalho insere-se na perspectiva de se estabelecer uma reflexão crítica a respeito da proposta de inclusão social e as pessoas com deficiência, particularmente aquelas pertencentes à atual classe social explorada. Nessa perspectiva, o ponto de partida da análise é o entendimento dos condicionantes que levaram a humanidade a desenvolver historicamente diferentes práticas e concepções relativas a esse segmento, principalmente as do extermínio ou abandono, institucionalização, integração, inclusão, mística e biológica ou ingênua. Na sequência é analisado o surgimento da proposta inclusiva, demonstrando que essa significa uma resposta às pressões dos segmentos excluídos e marginalizados, articulados com as novas demandas impostas pela necessidade de expansão do capital. Finalmente são apresentados e analisados os principais princípios que vêm sustentando essa proposta, em especial, os da igualdade de oportunidades, do respeito à diversidade e da valorização das diferenças e do conceito relativista de conhecimento, demonstrando que os mesmos têm respondido fundamentalmente às necessidades do atual modelo de desenvolvimento capitalista. Ao longo do trabalho sustenta-se a hipótese de que a proposta de inclusão social, por estar alicerçada nesses princípios, não pode ser colocada como um instrumento efetivo no combate aos principais determinantes dos problemas historicamente vivenciados pelas pessoas com deficiência, mas, pelo contrário, vem sendo utilizada para ocultar a natureza classista da sociedade capitalista, que, na atualidade, se constitui na base fundamental que sustenta todo um processo gerador de desigualdade, de exclusão e de marginalização. Na perspectiva apontada por tais princípios, são descartados os conceitos de contradição de classes e as lutas entre explorados e exploradores, propondo, em substituição, uma nova atitude diante dos problemas sociais, envolvendo principalmente mudanças no plano formal. Para que a luta das pessoas com deficiência possa ir além da denúncia das tradicionais práticas e concepções segregativas, permitindo a compreensão e o enfrentamento dos verdadeiros determinantes que historicamente as têm colocado na condição de excluídas, é necessário ultrapassar o plano formal/ideal e envolver todos aqueles que conseguem formular uma análise crítica a respeito dos problemas historicamente enfrentados pela humanidade, contribuindo para problematizar as condições de existência de todos os segmentos marginalizados a partir da materialidade presente num determinado momento histórico. Essa compreensão certamente permitirá a desnaturalização das práticas e das concepções segregativas relativas às pessoas com deficiência e inserir o enfrentamento contra as mesmas no processo de luta pela superação do modo de produção capitalista e a construção de uma sociedade sem explorados e exploradores, isto é, uma nova formação societária onde cada indivíduo contribua com a mesma conforme suas possibilidades e receba segundo suas necessidades. É nesta sociedade que se podem estabelecer as condições necessárias para que o defeito por si só não transforme alguém que o possui numa pessoa com deficiência.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação}, note = {Sociedade, Estado e Educação} }