@PHDTHESIS{ 2022:2064033527, title = {Fungos endofíticos de soja: diversidade e prospecção enzimática}, year = {2022}, url = "https://tede.unioeste.br/handle/tede/6430", abstract = "As plantas são habitadas por uma microbiota composta por microrganismos em condição endofítica e cada relação endófito-planta possui características peculiares e que variam conforme condições ambientais. Estudos relacionados à identificação das populações endofíticas associadas às espécies vegetais permitem utilizá-las como importantes ferramentas para obtenção de produtos biotecnológicos de interesse agrícola e industrial. O objetivo deste estudo foi o de isolar e identificar fungos endofíticos de plantas de soja, antes e após a aplicação do fungicida sistêmico composto por Trifloxistrobina + Protioconazol na lavoura de soja, avaliar a sensibilidade dos isolados in vitro frente ao mesmo fungicida e avaliá-los quanto ao potencial biotecnológico de produção de enzimas. As plantas de soja utilizadas foram cultivadas no Núcleo Experimental de Engenharia Agrícola (NEEA) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, região de Cascavel-PR. Foram coletadas folhas de plantas de soja, com 48 dias após semeadura (anterior à aplicação do fungicida) e com 62 dias (14 dias após a aplicação). Os fungos foram agrupados e classificados conforme aspectos morfológicos e microscópicos, identificados em nível de gênero e analisados de acordo com os índices de frequência de colonização (FC%) e de diversidade ecológica (Simpson (D e 1-D), Shannon-Wiener (H’) e Pielou (e). Um total de 259 fungos (122 antes do fungicida e 137 após aplicação do fungicida) foram obtidos que resultaram na identificação de 11 gêneros, dentre os quais Diaporthe e Alternaria foram os mais abundantes com FC de 38,6 e 25,5%, respectivamente. Os valores de frequência e diversidade demonstraram que não houve diferença significativa entre as duas coletas realizadas, revelando que a obtenção de fungos endofíticos cultiváveis a partir de plantas tratadas com defensivos químicos não foi afetada. Os fungos também foram testados in vitro quanto à sensibilidade ao fungicida nas concentrações de 0,2, 2,0 e 3,8 mg L-1 . Os resultados demonstraram que todos os fungos avaliados foram capazes de crescer na presença do fungicida no meio de cultivo sólido, em todas as concentrações testadas, com baixa sensibilidade na concentração de 0,2 mg L-1 . Somente quatro fungos apresentaram sensibilidade na concentração de 2,0 mg L-1 e, mesmo na maior concentração (3,8 mg L-1 ), os gêneros Cladosporium, Bipolaris, Cadophora, Rhizoctonia e Alternaria permaneceram demonstrando baixa sensibilidade ao fungicida. Os fungos isolados também passaram por triagem para detecção de produção das enzimas celulases (CMCases), xilanases, proteases e amilases em meio sólido e quantificação da atividade de xilanase em cultivo submerso, utilizando palha e bagaço de cana-de-açúcar como substrato. Os ensaios em meio sólido demonstraram melhores resultados para xilanase com índice enzimático (IE) de 2,14 e para CMCase de 1,92. O cultivo submerso gerou melhores resultados utilizando 50% de palha com 50% de bagaço e foi capaz de induzir uma atividade de 383,63 U mL-1 de xilanase. Com relação ao comportamento cinético da xilanase bruta produzida pelo fungo Colletrotrichum boninense, o valor de pH ótimo encontrado foi de 5,0 e melhor faixa de temperatura entre 50 e 60 °C. Nas temperaturas de 40 e 50 °C a enzima preservou 87 e 76% de sua atividade quando incubada por 30 min. Os valores de Km e de VMáx encontrados frente ao xilano foram de 99,3 mg mL-1 e 3.333 µmol mL-1 min-1 , respectivamente.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola}, note = {Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas} }