@MASTERSTHESIS{ 2017:523951833, title = {Pedogênese e morfogênese na superfície de São José dos Ausentes (RS) no quartenário tardio: evidências em paleofundo de vale na bacia hidrográfica do rio dos Touros}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/2980", abstract = "Muitos trabalhos foram realizados na superfície de Palmas(PR)/Água Doce(SC) buscando entender a evolução da paisagem geomorfológica dessa área relacionada aos fenômenos de pedogênese e morfogênese, contribuindo assim, aos estudos quaternários. Entretanto, algumas dúvidas ainda persistem para o entendimento no quadro evolutivo da dita área e uma delas é em identificar se os fenômenos reconhecidos se apresentam em uma escala local ou regional. Por outro lado, há poucos trabalhos referentes ao estudo do Quaternário Continental no Estado do Rio Grande do Sul. É nesse contexto que o presente trabalho está inserido, bem como visa responder à dúvida elencada e também contribuir para a reconstrução paleoambiental continental do sul do Brasil. Assim sendo, a presente pesquisa tem como objetivo reconhecer a ocorrência de fenômenos de pedogênese e morfogênese na Superfície de São José dos Ausentes (RS) no Quaternário Tardio, através de evidências em registros estratigráficos de paleofundo de vale de segunda ordem hierárquica e busca, desse modo, entender o quadro evolutivo do vale de segunda ordem hierárquica. A abordagem metodológica utilizada envolveu o uso conjunto de critérios lito-, pedo-, alo- e cronoestratigráficos na caracterização dos materiais da seção pedoestratigráfica, sendo realizado trabalho de campo e análises laboratoriais. Na seção estratigráfica estudada, foram reconhecidos 30 horizontes estratigráficos, distribuídos em três sequências coluviais, sendo elas: superior pedogeneizada; intermediária; e basal, e uma sequência pedogenética hidromórfica localizada na base da seção. A integração dos resultados mostrou que durante o Último Interestadial (> 25.000 anos AP), no paleofundo de vale havia solo hidromórfico e fluxos de água hipodérmicos em seu eixo de drenagem, similares àquelas encontradas na Superfície de Palmas/Água Doce, correspondendo à fase de predomínio da pedogênese. Posteriormente, houve a atuação contínua da morfogênese, gerada pela intercalação entre os processos de movimento de massa sutis e escoamento superficial. Os primeiros eventos da morfogênese foram pontuais e responsáveis, e ocorreram entre o final do Último Interestadial e o Último Máximo Glacial. Durante o Último Máximo Glacial a morfogênese passou a ser comandada pelo escoamento superficial. Entre >25.000 a >19.150 anos AP a sedimentação de unidades coluviais gerou os níveis pedoestratigráficos correspondentes à sequência coluvial basal. A partir de 19.150 anos AP a sedimentação perdeu intensidade e passou a predominar a erosão, promovendo estabelecimento de incisão erosiva linear (paleovoçoroca) que truncou a sequência coluvial basal e parte do nível hidromórfico. Logo após, a morfogênese retorna a registrar sedimentação comandada pelo escoamento superficial. Em decorrência foram geradas as unidades coluviais referentes à sequência coluvial intermediária. Tal fase durou entre <7.940 a >4.860 anos AP equivalendo ao Holoceno Médio. Após 4.860 anos AP a morfogênese continuou atuando dando origem à sequência coluvial superior, porém esta perdeu vigor através da atuação da pedogênese, favorecendo assim, a melanização da referida sequência. Nessa fase o paleofundo de vale de segunda ordem passou a ser plenamente colmatado e reafeiçoado, constituindo uma morfologia similar à encosta suavemente inclinada para o eixo de baixa ordem hierárquica moderna.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }