@MASTERSTHESIS{ 2015:1671630926, title = {Utopia e materialismo: estudo sobre a interpretação blochiana das Onze teses de Marx sobre Feuerbach}, year = {2015}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2070", abstract = "Apenas aparentemente paradoxais, os conceitos de Utopia e Materialismo são imprescindíveis para compreender a filosofia de Ernst Bloch, na medida em que fundamentam aquilo que o autor denomina, no título de sua obra magna, O Princípio Esperança. Motivo de controvérsias entre os intérpretes marxistas, Bloch alega que muitos dos fundamentos de sua Utopia Concreta fazem parte da própria filosofia de Karl Marx, e, baseando-nos nessa alegação, tentaremos explicitar, neste trabalho, os argumentos blochianos que comprovam não só a conciliação de utopia e materialismo, mas também a relação intrínseca do marxismo com a noção blochiana de utopia concretamente concebida. As chamadas Onze teses de Marx sobre Feuerbach, foram, segundo Bloch, os primeiros escritos a indicar o caminho para a realidade passível de transformação, do materialismo da etapa para o da linha de frente e, por isso, receberam um capítulo destaque em O Princípio Esperança A transformação do mundo ou As Onze teses de Marx sobre Feuerbach , que é nosso objeto de estudo, assim como outros textos do jovem Marx indicados por Bloch. Nosso autor traz contribuições para os estudos marxistas na medida em que sugere a reabilitação da imaginação revolucionária no interior do marxismo, fazendo-o sem contestar a necessidade da análise econômico-política, mas integrando o pensamento utópico, em todas as suas dimensões, no horizonte do projeto marxista da transformação do mundo. O ponto de convergência da filosofia blochiana com a teoria marxiana é percebido no horizonte comum dos autores: a humanização do mundo e a libertação da alienação e da exploração do ser humano. Nosso trabalho está estruturado de acordo com o agrupamento das Teses utilizado por Bloch, segundo um critério filosófico, separando-as por temas e conteúdos. No primeiro capítulo, abordaremos os elementos utópico-materialistas da filosofia blochiana tendo como guia a interpretação feita pelo autor dos grupos epistemológico e histórico-antropológico das Onze Teses marxianas respectivamente, teses 5, 1 e 3, e teses 4, 6, 7, 9 e 10. Já presentes nas questões clássicas do idealismo alemão, reaparecem aqui os problemas relacionados à conciliação da natureza e do espírito, com destaque para o conceito blochiano de possibilidade , que aparece como categoria mediadora dos conceitos clássicos de liberdade e de necessidade . Enquanto isso, na esfera antropológica, evidencia-se a pergunta pelo humano, vindo à tona a valorização do humanismo encontrado no pensamento do autor. O processo de humanização só é possível, na perspectiva blochiana, com teoria e práxis filosóficas conjugadas, ambas nos moldes marxistas. Em vista disso, no segundo capítulo abordaremos os modos e critérios blochianos para a transformação do mundo. Nesse sentido, as teses 2 e 8, do grupo teoria-práxis, não apenas tratam da atividade do pensamento, como também preocupam-se com os critérios que comprovam e validam a veracidade de uma teoria que pretende servir como guia para ações transformadoras, e culminam na famosa tese 11, que orienta a concepção de filosofia do autor, isto é, uma filosofia entendida nas propriedades da realidade portadoras do futuro .", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Cento de Ciências Humanas e Sociais} }