Export iten: EndNote BibTex

Please use this identifier to cite or link to this item: https://tede.unioeste.br/handle/tede/6732
Tipo do documento: Tese
Title: Encarceramento na penitenciária feminina de foz do iguaçu: como as detentas pensam e organizam a maternidade
Other Titles: Incarceration in the women's penitentiary of foz do iguaçu: how inmates think and organize motherhood
Encarcelamiento en la pentenciaría de mujeres de foz do iguaçu: como piensan y organiza la maternidad las reclusas
Autor: Chaves, Karine Belmont 
Primeiro orientador: Santos, José Carlos dos
Primeiro membro da banca: Alves, Fabio Lopes
Segundo membro da banca: Nihei, Oscar Kenji
Terceiro membro da banca: Baller, Leandro
Quarto membro da banca: Hahn, Fábio André
Resumo: O aprisionamento no Brasil é questão crítica e os dados do INFOPEN/ SISDEPEN mostram que o país está entre os que mais encarcera no mundo. O sexo masculino é predominante na população carcerária e apenas no século XXI as mulheres alcançaram alguma visibilidade nas prisões, em função de períodos de seu crescimento expressivo (conforme os dados oficiais), fazendo emergir preocupações no tratamento penal destinado, sobre cuidados específicos, com relação à maternidade e seus filhos, por exemplo. Inicialmente foram desenvolvidos projetos de unidades prisionais específicas, posteriormente com espaço de convivência para mães e filhos e constatamos que as políticas públicas e o ordenamento jurídico também apresentaram mudanças (com prioridade na garantia de direitos da criança), com a previsão de aplicação de medidas e penas alternativas (para casos específicos) para que as mulheres possam estar e cuidar de seus filhos pequenos, em suas casas. Este estudo, permeado pela razão sensível de Michael Mafessoli, contou ainda com uma pesquisa exploratória e descritiva, de natureza quali-quantitativa. Foi aplicado um questionário junto à 188 mulheres presas na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – PR no ano de 2021. Logo, com o objetivo de analisar como as mulheres presas pensam e organizam a maternidade em suas vidas. A pesquisa bibliográfica realizada inicialmente, surpreendeu, pelo crescimento de estudos sobre o tema. Em buscas diversas feitas, também em acervos digitais como os das plataformas BDTD, CAPES e SCIELO, o estado da arte nos surpreendeu, pelo crescimento de trabalhos que abordam a temática, com a presença expressiva da área da saúde e das ciências sociais. A estrutura desta tese conta com 4 capítulos, que percorrem os temas relacionados à prisão, crime, violência, a psicologia na prisão, o encarceramento feminino e os vínculos afetivos (e apresentamos a prisão como fronteira afetiva), a maternidade e o maternar. A partir de toda a discussão, das reflexões de autores como Foucault, Goffman, Bauman e Winnicott, e das entrevistas realizadas, constatamos que a maternidade é polissêmica e elas tem compreensões diversas da maternidade. Algumas conseguem reconhecer suas falhas no maternar, no (des)cuidado de seus filhos, por sua ausência em função também da prisão. De modo geral entendem que ser mãe envolve afeto, cuidado e proteção e compreendem também que a prisão não é o melhor lugar para o desenvolvimento das crianças. Verificamos que as mulheres presas se organizam com a rede familiar de apoio disponível. Por meio das análises, de tantas histórias de vida, observamos que muitas delas são marcadas por violências e condições de vulnerabilidade. Os profissionais da saúde física e mental, como os psicólogos, são essenciais para o desenvolvimento dessas pessoas, também nas prisões. A organização e estruturação, pessoal e social, é fundamental para o pleno exercício da maternidade. Portanto, esta tese apresenta reflexões, especialmente para o desenvolvimento de políticas públicas. Temos a convicção de que pensar nas mulheres, dentro e fora da prisão, e nos seus filhos, é pensar nas relações que se estabelecem entre eles e, amplamente, nos valores presentes nesta cultura e nessas construções psíquicas desenvolvidas.
Abstract: Imprisonment in Brazil is a critical issue and the data of the INFOPEN/ SISDEPEN show that the country is among the most incarcerated in the world. The male sex is predominant in the prison population and only in the twenty-first century women have achieved some visibility in prisons, due to periods of their expressive growth (according to official data), raising concerns in the intended penal treatment, about specific care, in relation to motherhood and their children, for example. Initially, projects of specific prison units were developed, later with space of coexistence for mothers and children and we found that public policies and the legal system also presented changes (with priority in guaranteeing the rights of the child), with the provision of application of alternative measures and penalties (for specific cases) so that women can be and take care of their small children, in their homes. This study, permeated by the sensitive reason of Michael Mafessoli, also had an exploratory and descriptive research, of a qualitative-quantitative nature. A questionnaire was applied to 188 women inmates in the Women's Penitentiary of Foz do Iguaçu – PR in the year 2021. Therefore, with the objective of analyzing how imprisoned women think and organize motherhood in their lives. The bibliographic research carried out initially surprised by the growth of studies on the subject. In various searches made, also in digital collections such as those of the platforms BDTD, CAPES e SCIELO, the state of the art surprised us, by the growth of works that address the theme, with the expressive presence of the area of health and social sciences. The structure of this thesis has 4 chapters, which cover the themes related to prison, crime, violence, psychology in prison, female incarceration and affective bonds (and we present prison as an affective border), motherhood and mothering. From all the discussion, from the reflections of authors such as Foucault, Goffman, Bauman and Winnicott, and from the interviews conducted, we found that motherhood is polysemic and they have different understandings of motherhood. Some are able to recognize their failures in mothering, in the (un)care of their children, due to their absence due also to prison. In general, they understand that being a mother involves affection, care and protection and they also understand that prison is not the best place for children's development. We found that the women prisoners organize themselves with the family support network available. Through the analyses, of so many life stories, we observed that many of them are marked by violence and conditions of vulnerability. Physical and mental health professionals, such as psychologists, are essential for the development of these people, also in prisons. The organization and structuring, personal and social, is fundamental for the full exercise of motherhood. Therefore, this thesis presents reflections, especially for the development of public policies. We are convinced that to think of women, inside and outside prison, and of their children, is to think of the relationships that are established between them and, broadly, of the values present in this culture and in these psychic constructions developed.
El encarcelamiento en Brasil es un tema crítico y los datos de la INFOPEN/ SISDEPEN muestran que el país está entre los más encarcelados del mundo. El sexo masculino es predominante en la población carcelaria y sólo en el siglo XXI las mujeres han logrado cierta visibilidad en las cárceles, debido a períodos de su crecimiento expresivo (según datos oficiales), planteando preocupaciones en el tratamiento penal destinado, sobre la atención específica, en relación con la maternidad y sus hijos, por ejemplo. Inicialmente, se desarrollaron proyectos de unidades penitenciarias específicas, posteriormente con espacio habitable para madres e hijos y encontramos que las políticas públicas y el sistema legal también presentaron cambios (con prioridad en garantizar los derechos de los niños), con la provisión de medidas y sanciones alternativas (para casos específicos) para que las mujeres puedan estar y cuidar a sus hijos pequeños en sus hogares. Este estudio, permeado por la razón sensible de Michael Mafessoli, también tuvo una investigación exploratoria y descriptiva, de naturaleza cualitativa-cuantitativa. Se aplicó un cuestionario a 188 reclusas de la Penitenciaría de Mujeres de Foz do Iguaçu – PR en el año 2021. Por lo tanto, con el objetivo de analizar cómo las mujeres encarceladas piensan y organizan la maternidad en sus vidas. La investigación bibliográfica realizada inicialmente sorprendió por el crecimiento de los estudios sobre el tema. En diversas búsquedas realizadas, también en colecciones digitales como las de las plataformas BDTD, CAPES e SCIELO, el estado del arte nos sorprendió, por el crecimiento de obras que abordan el tema, con la presencia expresiva del área de la salud y las ciencias sociales. La estructura de esta tesis tiene 4 capítulos, que cubren los temas relacionados con la prisión, el crimen, la violencia, la psicología en prisión, el encarcelamiento femenino y los vínculos afectivos (y presentamos la prisión como una frontera afectiva), la maternidad y la maternidad. De toda la discusión, de las reflexiones de autores como Foucault, Goffman, Bauman e Winnicott, y de las entrevistas realizadas, encontramos que la maternidad es polisémica y tienen diferentes entendimientos de la maternidad. Algunas son capaces de reconocer sus fracasos en la maternidad, en el (des)cuidado de sus hijos, debido a su ausencia debido también a la prisión. En general, entienden que ser madre implica afecto, cuidado y protección y también entienden que la prisión no es el mejor lugar para el desarrollo de los niños. Encontramos que las reclusas se organizan con la red de apoyo familiar disponible. A través de los análisis, de tantas historias de vida, observamos que muchas de ellas están marcadas por la violencia y las condiciones de vulnerabilidad. Los profesionales de la salud física y mental, como los psicólogos, son esenciales para el desarrollo de estas personas, también en las cárceles. La organización y estructuración, personal y social, es fundamental para el pleno ejercicio de la maternidad. Por lo tanto, esta tesis presenta reflexiones, especialmente para el desarrollo de políticas públicas. Estamos convencidos de que pensar en las mujeres, dentro y fuera de la cárcel, y en sus hijos, es pensar en las relaciones que se establecen entre ellas y, a grandes rasgos, en los valores presentes en esta cultura y en estas construcciones psíquicas desarrolladas.
Keywords: Mulheres presas
Maternidade
Rede familiar de apoio
Prisão
Women in prison
Motherhood
Family support network
Prison
Mujeres em prisión
Maternidad
Miembro de la familia de apoyo
Cárcel
CNPq areas: OUTROS::CIENCIAS SOCIAIS
Idioma: por
País: Brasil
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Educação Letras e Saúde
Program: Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras
Campun: Foz do Iguaçu
Citation: Chaves, Karine Belmont. Encarceramento na penitenciária feminina de foz do iguaçu: como as detentas pensam e organizam a maternidade. 2023. 287 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu - PR.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.unioeste.br/handle/tede/6732
Issue Date: 7-Jul-2023
Appears in Collections:Mestrado em Sociedade, Cultura e Fronteiras (FOZ)

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Karine_Belmont_Chaves_2023.pdfDocumento principal14.45 MBAdobe PDFView/Open Preview


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons