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Tipo do documento: Dissertação
Title: Análise da prática da automedicação e a potencial toxicidade de medicamentos
Other Titles: Analysis of the self-medication practice and the potential toxicity of medications
Autor: Cordeiro, Lucas Horn 
Primeiro orientador: Sebastien, Nyamien Yahaut
Primeiro membro da banca: Sebastien, Nyamien Yahaut
Segundo membro da banca: Lindino, Cleber Antonio
Terceiro membro da banca: Lima, Dartel Ferrari de
Resumo: A automedicação apresenta-se, em primeira análise, como uma questão de saúde pública apenas. Vislumbramos, além disso, aspectos ecotoxicológicos permeando esta temática. De um total de 80 respondentes, investigamos por meio de questionário, suas práticas relacionadas ao consumo de medicamentos, suas concepções e impressões sobre a automedicação. Em paralelo, realizamos ensaios ecotoxicológicos com o medicamento Ibuprofeno600mg (genérico) e o medicamento Dipirona250mg (referência), elencados pelos respondentes como exemplos de produtos consumidos na modalidade de automedicação. Os ensaios foram concebidos em observância a norma ABNT NBR 12713/2016 utilizando Daphnea magna como organismo-teste e tinham como objetivo comparar medicamentos com a validade extrapolada e seus homônimos com validade vigente. Percebemos que as amostras de medicamentos vencidos se apresentaram menos tóxicas do que as amostras não vencidas, sendo que a diferença foi mais explícita no ensaio com Dipirona250mg. Supomos que o decaimento da toxicidade dos medicamentos analisados possa ser fruto da diminuição da eficácia do produto após seu vencimento e que o fato de se automedicar com medicamentos cuja fabricação não é recente acarreta, além das possibilidades de efeitos adversos, uma diminuição do efeito terapêutico. Para a análise dos questionários, utilizamos aspectos da pesquisa quantitativa e qualitativa elegendo a análise de conteúdo (Bardin, 1977) para as questões dissertativas. Em se tratando das práticas relacionadas a medicamentos, visualizamos que praticamente todos os respondentes admitem manter medicamentos armazenados e se automedicar sempre que considerem conhecer a associação de sintomas com o efeito de determinado medicamento com o pretexto de desonerar-se temporal e financeiramente com consultas médicas para males aparentemente inexpressivos; desta forma justificam e relativizam esta prática mesmo afirmando conhecer a possível ação prejudicial de um tratamento farmacológico sem a devida supervisão de profissional habilitado. Concluímos, de acordo com nossos resultados, que a forma como os medicamentos são ofertados nas farmácias, aliada à praticidade dessa atitude frente a necessidade de otimizar o tempo e a imprudência em relação aos possíveis vieses do consumo de medicamentos sem orientação profissional são fatores que podem determinar a normalização da automedicação em nosso recorte. Sugerimos uma mudança de postura por parte dos profissionais farmacêuticos que têm como responsabilidade a manutenção e prevenção da saúde da comunidade, assumindo papel de protagonismo, posicionando-se como profissional capaz de orientar o consumo racional de medicamentos. Propomos também, a reorganização das gôndolas das farmácias de modo que os medicamentos isentos de prescrição não se misturem com itens de perfumaria e soluções terapêuticas e precisem ser indicados pelo farmacêutico após relato dos sintomas ao invés de serem solicitados pelo cliente que de antemão diagnosticou-se e determinou a posologia necessária à supressão de seus sintomas.
Abstract: Self-medication presents itself, at first look, as a matter of public health only. We also glimpse ecotoxicological aspects permeating this theme. From a total of 80 respondents, we investigated, through a questionnaire, their practices related to medication consumption, their conceptions and impressions about self-medication. At side of it, we carried out ecotoxicological tests with the medicament Ibuprofen600mg (generic) and the medicament Dipirona250mg (reference), listed by respondents as examples of products consumed in the form of self-medication. The tests were designed in compliance with the ABNT NBR 12713/2016 standard, using Daphnea magna as the test-organism, and aimed to compare medicaments with extrapolated validity and their homonymous ones with current validity. We noticed that the expired medicament samples were less toxic than the non-expired samples, and the difference was more explicit in the Dipirona250mg assay. We assume that the decrease in the toxicity of the analyzed medicament may be the result of the decrease in the product's efficacy after its expiration and that the fact of self-medicating with medicaments whose manufacture is not recent brings, in addition to the possibility of adverse effects, a reduction of the therapeutic effect. For the analysis of the questionnaires, we used aspects of quantitative and qualitative research, choosing content analysis (Bardin, 1977) for the no objective questions. In terms of practices related to medications, we see that practically all respondents admit to keeping medications stored and self-medicating whenever they consider knowing the association of symptoms with the effect of a particular medications under the pretext of temporarily and financially exonerating themselves with medical appointments for apparently inexpressive ailments; in this way, they justify and relativize this practice even claiming to know the possible harmful action of a pharmacological treatment without the proper supervision of a qualified professional. We conclude, according to our results, that the way medicines are offered in pharmacies, combined with the practicality of this attitude in view of the need to optimize time added to the recklessness in relation to possible harms in the consumption of medicines without the guidance of a qualified professional are the factors that determine the normalization of self-medication in our sample. We suggest a change of attitude on the part of pharmaceutical professionals who have as their responsibility the maintenance and prevention of community health, assuming a leading role, positioning themselves as a professional capable of guiding the rational consumption of medicines. We also propose the reorganization of the pharmacies shelves so that the non-prescription drugs do not mix with perfumery items and therapeutic solutions and must be indicated by the pharmacist after the patient’s symptoms report instead of being requested by the patient who was self-diagnosed in advance and determined the dosage necessary to suppress his symptoms.
Keywords: Ecotoxicidade
Fármacos
Saúde pública
Daphnea magna.
Ecotoxicity
Drugs
Public health
CNPq areas: OUTROS
Idioma: por
País: Brasil
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Engenharias e Ciências Exatas
Program: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
Campun: Toledo
Citation: CORDEIRO, Lucas Horn. Análise da prática da automedicação e a potencial toxicidade de medicamentos. 2021. 116 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2021.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.unioeste.br/handle/tede/6071
Issue Date: 6-Dec-2021
Appears in Collections:Mestrado em Ciências Ambientais (TOL)

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