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Tipo do documento: Tese
Title: A guerra em Maquiavel: por que[m] morrem os soldados nos campos de batalha?
Other Titles: The war in Machiavelli: for what [or by whom] do the soldiers die in the battlefields?
Autor: Zorzo, Douglas Antônio Fedel 
Primeiro orientador: Ames, José Luiz
Primeiro membro da banca: Ciotta, Tarcilio
Segundo membro da banca: Visentin, Stefano
Terceiro membro da banca: Raimondi, Fabio
Quarto membro da banca: Winter, Lairton Moacir
Quinto membro da banca: Adverse, Helton Machado
Resumo: A “guerra” ocupa uma posição essencial na economia do pensamento político de Nicolau Maquiavel. Os conflitos, em suas mais diversas configurações e expressões, são tópicos reincidentes e regulares no alargado corpus do Secretário florentino. Na arte dello stato a guerra, ao invés de uma possibilidade vazia, é uma ameaça concreta e irrevogável. No horizonte maquiaveliano, as atividades militares aparecem como um elemento onipresente. Diante disso, o presente trabalho possui o propósito de investigar o lugar específico que a “guerra” ocupa em sua reflexão. Nossa intenção é a de situar o modo por meio do qual os escritos maquiavelianos interpretam o fenômeno militar, delineando o locus desse vocábulo, reconstruindo seu significado, explorando suas definições, suas formas de manifestação, e, principalmente, suas implicações na arena da política. Aqui, duas diretrizes principais estruturam nosso percurso. Na primeira, buscaremos expor a forma como Secretário concebe conceitualmente a guerra. Para isso, no primeiro capítulo de nossa tese, tentaremos realizar uma definição para essa noção, tanto em seus desdobramentos internos, nas guerras civis, como externos, nas guerras entre estados. Na segunda, como decorrência, abordaremos como esse entendimento afeta a dinâmica política de principados e repúblicas, regimes políticos que marcam a história intelectual do autor. Condensada na indagação sobre as razões que levam os soldados a se sacrificarem nos campos de batalha, voltaremos nossa atenção para as peculiaridades do organizar-se político, institucional e procedimental dessas formas de governo que buscam constituir suas armas próprias, e como cada constituição política reflete no motivacional de seus exércitos. Nesse caso, no segundo capítulo, nos empenharemos para apontar como essa compreensão dos conflitos armados impactam na teoria principesca maquiaveliana. Por um lado, como atributo essencial à formação dos principados; por outro, como elemento indispensável à manutenção das estruturas políticas, o que constrangerá o príncipe a estabelecer uma forma de relação específica com o povo sob seu comando. Por fim, no terceiro capítulo, avaliaremos como essa mesma ideia reverbera, em um âmbito prático e teórico, nas considerações republicanas de Maquiavel. A conservação das repúblicas, pelas vias armadas, guiará o Secretário para a definição de um modelo político específico, capaz de promover a formação das armas próprias para o caótico controle da fortuna: a república popular. Nisso, a hipótese que buscamos defender é a de que essa visão particular sobre a guerra desempenha tamanha influência no universo maquiaveliano que acaba agindo como um condicionante para seus posicionamentos políticos. A exigência para enfrentar um contexto de ação, em que os conflitos entre potências surgem como inevitáveis, instala o agente político, seja ele de inclinação principesca ou republicana, à frente de outras imposições de natureza estritamente política, que definem tanto seu comportamento em relação aos governados, quanto estabelece a observância de certos mecanismos institucionais.
Abstract: The “war” occupies an essential position in the constitution of Niccolò Machiavelli’s political thinking. Conflicts, in their most varied configurations and expressions, are recurrent and regular topics in the Florentine secretary’s sprawling corpus. In the arte dello stato the war, rather than an empty possibility, is a concrete and irrevocable threat. On the Machiavellian horizon, military activities appear as an omnipresent element. In light of this, the present work has the purpose of investigating the specific place that “war” occupies in its reflection. Our intention is to situate the way in which the Machiavellian writings interpret the military phenomenon, outlining the locus of this word, reconstructing its meaning, exploring its definitions, its forms of manifestation, and especially its implications in the political arena. Here two main guidelines structure our journey. In the first, we will seek to expose the way that the Secretary conceptually conceives the war. For this, in the first chapter of our thesis, we will try to make a definition for this notion, both in its internal developments – in civil wars – as external – in interstate wars. In the second, consequently, we will discuss how this understanding affects the political dynamics of principalities and republics, political regimes that mark the author’s intellectual history. Condensed in the question about why the soldiers sacrifice themselves on the battlefields, we will turn our attention to the peculiarities of the political, institutional, and procedural organization of these forms of government that attempt to constitute their own arms, and how each political constitution reflects on the motivations of their armies. Then, in the second chapter, we will endeavor to point out how this understanding of armed conflicts impacts at the Machiavellian princely theory. On the one hand, as an essential attribute for the formation of principalities; on the other, as an indispensable element for the maintenance of political structures, which will constrain the prince to establish a specific form of relationship with the people under his command. Finally, in the third chapter, we will evaluate how this same idea reverberates in Machiavelli’s republican considerations, in a practical and theoretical context. The preservation of the republics, by force of arms, will guide the Secretary to the definition of a specific political model capable of promotion the formation of his own armies to control the chaotic world of fortune: the popular republic. In these terms, the hypothesis that we will pursue is that this particular view of war has such influence on the Machiavellian universe that it acts as a conditioner for its political positions. The demand to face a context of action, in which conflicts between powers emerge as inevitable, installs the political agent, regardless of his princely or republican inclination, ahead of other impositions strictly political, which defines either his behavior in respect to the individuals over which they rule how sets out the observance of certain institutional mechanisms.
Keywords: Maquiavel
Guerra e política
Pensamento militar
Armas e povo
Machiavelli
War and politics
Military thought
Arms and people
CNPq areas: CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Ciências Humanas e Sociais
Program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Campun: Toledo
Citation: ZORZO, Douglas Antônio Fedel. A guerra em Maquiavel: por que[m] morrem os soldados nos campos de batalha?. 2019. 317 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://tede.unioeste.br/handle/tede/4641
Issue Date: 30-Sep-2019
Appears in Collections:Doutorado em Filosofia (TOL)

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