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Tipo do documento: Tese
Title: A produção de soja orgânica como uma estratégia de desenvolvimento rural: um olhar a partir da qualidade de vida
Other Titles: Soybean organic production as rural development strategy: a point of view from life quality
Autor: Galante, Valdir Antonio 
Primeiro orientador: Staduto, Jefferson Andronio Ramundo
Primeiro membro da banca: Schmidt, Carla Maria
Segundo membro da banca: Alves, Lucir Reinaldo
Terceiro membro da banca: Chioveto, Marinês Orlandi Taveira
Quarto membro da banca: Kreter, Ana Cecília de Medeiros Nitzsche
Resumo: A busca por melhores níveis de bem-estar e saúde ganhou importância à medida que melhores padrões de conforto e consumo foram obtidos em países desenvolvidos, estimulando outros países e pessoas a esta busca. As crescentes preocupações nas últimas décadas com a alimentação saudável, com o ambiente e a maior atenção com as pessoas deram maior visibilidade ao tema. Dentro desse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a saúde autodeclarada e bem-estar percebido pelos produtores de soja orgânica e convencional em uma perspectiva comparativa, assim como analisar os motivos pelos quais os produtores orgânicos iniciaram essa atividade em um ambiente em que predomina o agronegócio tradicional. Para tanto, a obtenção dos dados primários fez-se por meio de entrevista não estruturada com amostras de produtores de soja no ano 2014/2015, bem como com outros atores do segmento, de modo que viabilizasse a construção do instrumento de coleta de dados. Foram consideradas quatro dimensões de bem-estar do trabalhador rural: o capital humano, a renda, o bem-estar físico e a saúde mental do entrevistado e do aplicador de defensivos e caldas, visando compreender a exposição ao risco de contaminação e problemas com sua saúde e bem-estar nos dois modos de produção de soja. Os dados obtidos sugerem grande exposição ao risco de contaminação por insumos agrícolas, pelo fato de existir importantes lacunas na segurança pelo insuficiente uso de EPIs (equipamento de proteção individual), sobretudo do grupo de produtores convencionais por interagirem com substâncias mais perigosas, além de riscos ergonômicos, tendo em vista os altos níveis de relatos sobre dor nas costas. Esta exposição acentua o risco de morbidade do grupo de produtores orgânicos por males decorrentes da idade, uma vez que o perfil etário lhes é menos favorável. Em relação à comparação entre amostras de produtores, por um lado houve muitas semelhanças inesperadas que foram explicitadas, como a qualidade da habitação e do saneamento, nível de escolaridade e itens de conforto na casa. Por outro lado, o grupo convencional aparenta vantagem na renda ao passo que o orgânico aparenta estar mais feliz e satisfeito com a atividade e estilo de vida. Com respeito às razões de escolha pelo modo de produção orgânico, os entrevistados mostraram forte aversão à vida familiar interagindo com os venenos . Apesar da atividade orgânica exigir maior intensidade de trabalho físico e possuir entraves decorrentes de compor um setor pequeno, há vantagens advindas da coesão do grupo, do preço pago à produção e do acesso a mercados mais desenvolvidos. Há destaque na ocorrência de externalidade negativa decorrente da atividade convencional de vizinhos, sobretudo à deriva química. Os produtores orgânicos evidenciaram a crença de que a qualidade de vida da família melhorou, mesmo que a obtenção de incrementos de renda não produza o mesmo nível de convicção. Por fim, a escolha pela produção orgânica aparenta constituir-se como estratégia dos agricultores para contornar dificuldades em sobreviver na atividade convencional com os poucos recursos que dispunham, transformando as variáveis que lhe eram restritivas em diferencial para acessar um mercado consumidor alternativo ao das commodities.
Abstract: The search for better levels of well-being and health have gained importance insofar as better comfort and consumption standards were obtained in developed countries, stimulating other countries and people to join in this search. Growing concerns over the past few decades with environmental care and greater attention to people have given greater visibility to this issue. In this context, this research aimed to analyze the self-declared health and perceived well-being of the organic and conventional soybean producers in a comparative perspective, as well as to analyze the reasons why the organic producers started this activity in an environment in which traditional agribusiness predominates. For this, the primary data were obtained through an unstructured interview with samples of soybean producers in the year 2014/2015, as well as with other stakeholders of the sector in order to enable the construction of the data collection instrument. Four dimensions of rural worker well-being were considered: human capital, income, physical well-being, and mental health of the interviewee and the pesticide applicator, in order to understand the exposure at contamination risk and health and well-being problems in both cases. The data obtained suggest a high exposure to the risk of contamination by agricultural inputs, due to the fact that there are important safety gaps due to the insufficient use of PPE (personal protective equipment), especially from the group of conventional producers because they interact with more dangerous substances, besides risks Ergonomic due the fact that the high number of reports on back pain. This exposition increases the risk of morbidity of the organic producer group due to age-related ills, since their age profile is less favorable than conventional producers age profile. Regarding the comparison between samples producers, on the one hand there were many unexpected similarities that were made explicit, such as the quality of housing and sanitation, schooling level and comfort items in the house. On the other hand, the conventional group appears to be advantageous in income, while the organic seems to be happier and more satisfied with their lifestyle. With respect to the reasons for choosing the organic production mode, the interviewees showed a strong aversion to family life interacting with the "poisons". Despite the organic activity requires a greater intensity of physical work and has hindrances due to the fact that it belongs to a small sector, there are advantages resulted from the group cohesion, such as the price paid to production and the access to more developed markets. The occurrence of negative externality due to the conventional activity of neighbors, especially to chemical drift, is highlighted. The organic producers evidenced the belief that the family life quality improved, even if the achievement of income increases did not produce the same level of conviction. Finally, the choice by the organic production appears to be a strategy of farmers to overcome difficulties in surviving conventional activity with the few resources they had available, converting the restrictive variables into differential to access an alternative consumer market.
Keywords: Agricultura orgânica
Bem-estar
Desenvolvimento econômico
Trabalhadores rurais - Saúde
Qualidade de vida
Organic agriculture
Welfare
Economic development
Rural workers - Health
Quality of life
CNPq areas: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::CRESCIMENTO, FLUTUACOES E PLANEJAMENTO ECONOMICO::CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO
Idioma: por
País: BR
Publisher: Universidade Estadual do Oeste do Parana
Sigla da instituição: UNIOESTE
Departamento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Program: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio
Campun: Toledo
Citation: GALANTE, Valdir Antonio. A produção de soja orgânica como uma estratégia de desenvolvimento rural: um olhar a partir da qualidade de vida. 2016. 123 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento regional e Agronegócio) - Universidade Estadual do Oeste do Parana, Toledo, 2016.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2233
Issue Date: 20-Dec-2016
Appears in Collections:Doutorado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (TOL)

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